8.10.07

Ciberjornalismo de investigação

No Público, Paulo Moura escreve hoje, no Caderno P2, um artigo interessantíssimo sobre a "invenção" de um novo género de reportagem: o ciberjornalismo de investigação.

Moura entrevistou, entre outros, o jornalista Neil Doyle, que há muito perscruta os meandros da Al-Qaeda na Internet. Algumas citações a reter:

«Nos últimos 18 meses, ainda segundo Neil Doyle, as autoridades começaram a prestar atenção à Internet. Mas levam um grande atraso. O mesmo se passa com os jornalistas. Só agora alguns se apercebem de que, em certas áreas, se querem investigar, têm de investigar na Net. Não é exactamente o mesmo que passar a viver no Second Life, porque não podem perder o contacto com o mundo real. Mas é preciso mergulhar no universo específico da Internet. E saber fazê-lo.»

«"As capacidades de um jornalista devem ser usadas da mesma forma, quer se esteja no mundo real, quer no virtual. A Internet é apenas um novo território que é preciso cobrir", explica ele. "Continuo a usar o telefone e a encontrar-me com pessoas, como qualquer repórter."»

«Fazer uma cobertura rigorosa e sistemática da Net, seja qual for a área de trabalho, deveria ser ensinado nas escolas de jornalismo, diz Doyle. "Endereços de páginas web têm de começar a integrar a agenda de qualquer jornalista."»

«"As pessoas confiam de mais. Acham que é verdade porque está na Net. Diz-se que os jornais são o primeiro esboço da História. A Net está a substituí-los."»


A ler:
Investigar o real no mundo virtual (Público, Caderno P2, 8.10.2007)

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