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23.6.08

Reportagem multimédia no JN

O JN fez ontem uma experiência interessante: publicou, com destaque, na edição em papel, uma reportagem sobre esteróides anabolisantes usados por utentes de ginásios. Ao mesmo tempo, produziu um pequeno "pacote" multimédia sobre o assunto para o site.

A reportagem do papel adaptada ao formato multimédia na Web permite-nos ler excertos curtos de texto e ver, em vídeo, algumas das fontes utilizadas.

Ora, não é todos os dias que nos podemos dar ao luxo de ver, em ciberjornais portugueses, reportagens multimédia (ainda que muito elementares), com direito a ficha técnica e tudo. Venham daí mais e melhores trabalhos destes, pois há muito que fazem falta no nosso panorama ciberjornalístico.


A ver:
Esteróides sem controlo

A ler:
JN dá salto na rede
Ciberjornalismo e Narrativa Hipermédia

8.10.07

Ciberjornalismo de investigação

No Público, Paulo Moura escreve hoje, no Caderno P2, um artigo interessantíssimo sobre a "invenção" de um novo género de reportagem: o ciberjornalismo de investigação.

Moura entrevistou, entre outros, o jornalista Neil Doyle, que há muito perscruta os meandros da Al-Qaeda na Internet. Algumas citações a reter:

«Nos últimos 18 meses, ainda segundo Neil Doyle, as autoridades começaram a prestar atenção à Internet. Mas levam um grande atraso. O mesmo se passa com os jornalistas. Só agora alguns se apercebem de que, em certas áreas, se querem investigar, têm de investigar na Net. Não é exactamente o mesmo que passar a viver no Second Life, porque não podem perder o contacto com o mundo real. Mas é preciso mergulhar no universo específico da Internet. E saber fazê-lo.»

«"As capacidades de um jornalista devem ser usadas da mesma forma, quer se esteja no mundo real, quer no virtual. A Internet é apenas um novo território que é preciso cobrir", explica ele. "Continuo a usar o telefone e a encontrar-me com pessoas, como qualquer repórter."»

«Fazer uma cobertura rigorosa e sistemática da Net, seja qual for a área de trabalho, deveria ser ensinado nas escolas de jornalismo, diz Doyle. "Endereços de páginas web têm de começar a integrar a agenda de qualquer jornalista."»

«"As pessoas confiam de mais. Acham que é verdade porque está na Net. Diz-se que os jornais são o primeiro esboço da História. A Net está a substituí-los."»


A ler:
Investigar o real no mundo virtual (Público, Caderno P2, 8.10.2007)

4.8.06

Somos todos jornalistas?

Duas observações interessantes a reter do artigo Todos Somos Periodistas, disponível no EL PAIS.es:

Dan Gillmor, autor de Nós, os Media, considera que a imprensa tradicional vai continuar a ser necessária. Os bloguistas, diz, não querem (nem devem querer, diria eu) substituir os jornalistas. «O que acontece é que todos temos histórias para contar. E é inerente ao ser humano querer fazê-lo. Mas os jornalistas deveriam celebrar a participação dos cidadãos na criação de notícias e preocupar-se mais com o futuro da publicidade, já que vivem dos anunciantes e são estes os que realmente lhes podem causar danos procurando audiências em novas plataformas».

Nicholas Lemann, decano da Faculdade de Jornalismo da Columbia University, diz que que o jornalismo de cidadão ainda está longe de ser autêntico jornalismo, mas, potencialmente, «a Internet é o melhor meio que foi inventado para a reportagem».

A ler:
Todos somos periodistas
Amateur Hour. Journalism without journalists