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3.7.09

Uma nova bandeira no Grande Porto

Mais um jornal a nascer em conjuntura de crise na imprensa. O Grande Porto sai hoje, pela primeira vez, para as bancas. Ao contrário do "i", também do grupo Lena, este semanário já se parece, fisicamente, com um jornal. E vem, espera-se, colmatar uma falha grave da imprensa generalista nacional, quer a diária, quer a semanal, que se tem portado bastante mal em relação aqui à província.

  • Primeira nota, positiva, para o grafismo: simples e claro. Utilização equilibrada de fotos e cores nas páginas.
  • Apesar de se posicionar como semanário para o Grande Porto, o jornal apresenta uma variedade temática interessante, que vai dos negócios à cultura, passando pelos automóveis e pelas ciências.
  • Nota menos positiva, nas páginas de opinião: o jornal surge logo como bandeira de uma causa, a da regionalização. Tem todo o direito de o fazer, é claro. Faz melhor ainda em assumi-la no Estatuto Editorial. Mas não deixa de ser um rótulo, digamos, pouco jornalístico (isto é muito discutível, eu sei).
  • No primeiro número, há demasiadas assinaturas repetidas nas peças. O que parece indicar que a equipa, constituída por apenas 12 jornalistas, será pequena para tanta página (64 ao todo). O preço a pagar por isto é conhecido. A quantidade é inimiga da qualidade. A nossa imprensa diária generalista, pródiga a chutar notícias requentadas para a frente e em força, que o diga.
  • Uma pergunta: haverá espaço neste novo semanário para (perdoe-se-me o uso desta palavra terrível) investigação? Ou vamos ter os temas de sempre, as rubricas de sempre, as caras de sempre? (Claro, o Pedro Abrunhosa lá está no primeiro número). É que os temas deste primeiro número ganham na proximidade, mas são muito suaves, a começar pela manchete: "Vinho do Porto perde 20 mil pipas".
  • O maior erro que o Grande Porto poderia cometer era transformar-se numa espécie de afago de ego às gentes do norte. Faço votos para que não caia nessa "bandeira" e que dê a prioridade máxima (possível) a um jornalismo isento e profissional. O que, nos dias que correm, já não é pedir pouco.

8.5.09

"i" assim não compro

Em plena crise - económica, publicitária, de vendas - temos um novo diário. É de saudar a coragem do grupo Lena, que veio criar dezenas de novos postos de trabalho e mexer, sobretudo em Lisboa, com o depauperado mercado de emprego jornalístico. Há algo de kamikase neste projecto. O que não é necessariamente mau. Mas algumas dúvidas se colocam:

  • Para leitores, como é o meu caso, que vêm do tempo dos enormes jornais broadsheet, o "i" parece mais um suplemento do que um jornal propriamente dito.
  • A organização do conteúdo, não por secções tradicionais, mas com rótulos como Zoom ou Radar, podem parecer modernos, mas não parece que ajudem muito os leitores a situar-se nos temas.
  • Ao folhear os primeiros números do novo jornal, tive a mesma sensação de quando folheei as primeiras edições do Sol. E passo a recordar: «A edição de hoje do Sol folheia-se em cinco minutos. Não se pára em nenhum apeadeiro porque não aparece nada verdadeiramente estimulante para ler. No caderno principal, não há 'notícias duras'.» Déjà vu. Como fazer a diferença sem fazer a diferença pelo lado certo, o do jornalismo?
  • Que leitores conseguirá o "i" captar e fidelizar? Irá roubar leitores ao Público? Mesmo estando em baixo de forma, o diário da Sonae pode dormir descansado. Aos jornais de economia? Pouco provável. Irá, então, conseguir descobrir a fórmula, que tantos perseguem, de pôr a rapaziada dos 18 aos 25 a ler jornais? É que uma "audiência qualitativa", como a que o director da publicação quer, é muito difícil de conquistar. O suplemento do New York Times também aqui não irá fazer milagres.
  • Para quem está a começar, isso de não sair ao domingo tem algo de suicida...
  • O "i", ao que tudo indica, será mais um jornal para alimentar sobretudo as fontes, os newsmakers, os colunistas, os comentadores, as realidades de Lisboa. Tal como acontece com a maior parte dos diários e dos restantes média generalistas.
  • O grafismo do jornal não é, do meu ponto de vista, o mais estimulante ou arrojado para um projecto nado e criado em 2009.
  • O site do jornal, bom, é mais um site de um jornal de papel a juntar a tantos outros.

Como eu gostava de não escrever estas coisas sempre que sai um jornal e um site de um jornal neste país. Não obstante, desejo as maiores felicidades a toda a equipa do "i" . O nascimento de um jornal é sempre um grande acontecimento em qualquer democracia.

11.1.09

Mudança integral no El Mundo

O diário espanhol El Mundo mudou. E a mudança, no papel e na Web, concretizada hoje, é anunciada assim: «Este periódico es el primero en la historia en llevar a cabo el relanzamiento integral de una marca.»

No site, há vídeos, infografias e textos para explicar as mudanças. O próprio marketing multimédia levado a cabo para o efeito é de se lhe tirar o chapéu.



A ler:
O El Mundo no Travessias Digitais

17.9.08

WSJ.com privilegia subscritores

O novo visual online do Wall Street Journal está impecável. Compacto, legível, com uma paleta de cores agradável e equilibrada. Nota positiva também para o novo player de vídeo (os vídeos no WSJ.com são embebíveis) e para os slideshows.

Para além das novidades relacionadas com o grafismo, estas mudanças no jornal apontam para o reforço de uma estratégia de fundo: privilegiar o subscritor. Só quem paga tem acesso a certos extras importantes.

Por exemplo, só os subscritores podem ter acesso à comunidade do jornal (uma espécie de rede social, que lhes permite comentar artigos, fazer perguntas a especialistas, ou juntar-se a redes em que se discutem certos assuntos) e à versão alargada do arquivo do site. O WSJ.com diz ter já mais de um milhão de subscritores.


A ler:
What’s new in the WSJ.com redesign
Estúdio de vídeo no WSJ.com


3.7.08

Cinco ciberjornais de topo

O World Editors Forum pediu a cinco proeminentes designers de jornais para escolherem os cinco ciberjornais mais bem desenhados. O resultado foi este:

  1. ELPAÍS.com (Espanha)
  2. guardian.co.uk (Reino Unido)
  3. globeandmail.com (Canadá)
  4. 24sata.hr (Croácia)
  5. Times Online (Reino Unido)

Os dois primeiros são escolhas bastante acertadas, mas o Times Online, do meu ponto de vista, devia estar aí uns dois furos acima.

O mesmo painel de designers foi também convidado a eleger os dez jornais mais bem desenhados. O português Expresso é um dos escolhidos:

  • The Guardian (Reino Unido)
  • Politiken (Dinamarca)
  • Bergens Tidende (Noruega)
  • St Petersburg Times (Estados Unidos)
  • Eleftheros Typos (Grécia)
  • De Morgen (Bélgica)
  • elEconomista (Espanha)
  • Excelsior (México)
  • Expresso (Portugal)
  • Äripäev (Estónia)

Estes resultados estão incluídos num capítulo sobre a "fusão" impresso-online, tendência-chave examinada no Trends in Newsroom 2008.

31.5.08

JN dá salto na rede

O JN aproveitou a passagem dos seus 120 anos para dar um salto qualitativo na edição online, que conhecia, há prolongados anos, uma estagnação confrangedora, só superada pelo estado comatoso do site do DN.


A melhoria mais notória revela-se no grafismo, fresco, simples, legível, mas também ao nível da incorporação de ferramentas de uso social (partilhar, comentar, participar). Nota-se, aqui e ali, a procura de inspiração no ELPAÍS.com (disposição a três colunas, títulos com corpo diferenciado, etc.), embora fique bastante aquém do apuro estético do diário espanhol. A tira Multimédia, onde passam galerias, vídeo, áudio e infografias, é parecida com as do washingtonpost.com. E resulta.

Ainda assim, há muito a fazer para melhorar a apresentação. Por exemplo, as notícias das diferentes secções aparecem "a seco", sem qualquer foto ou ilustração.

Há já algum tempo que uma equipa reforçada trabalhava nesta mudança. O JN Online conta hoje com cinco elementos a tempo inteiro. Não é muito, longe disso, nem vai dar para fazer grandes milagres, sobretudo no que à produção de última hora ou ao multimédia diz respeito. Mas, tendo em conta o deprimente panorama ciberjornalístico nacional, menos mal. Registe-se o avanço.

A recente mudança na TSF Online, também do grupo Controlinveste, parece ter sido menos ambiciosa, e não tão bem conseguida, quer ao nível gráfico, quer no atinente à inovação. E o DN lá continua, sozinho no ciberespaço, à espera de Godot.


A ler:
Novo JN Online: Salto para o futuro

15.5.08

"Videocast" sobre mudanças no Portugal Diário


O jornalista freelancer Alexandre Gamela produziu, recentemente, um interessante videocast experimental sobre a também recente remodelação gráfica e de conteúdos do Portugal Diário. O trabalho, publicado no blogue do autor, resume as mudanças operadas naquele ciberjornal de uma forma muito eficaz: seria preciso um "post" de texto enorme para traduzir em palavras o que Gamela nos mostra com recurso a áudio e imagens.

21.3.08

"Novo" Correio da Manhã desilude

O "novo" Correio da Manhã na Web tem um novo desenho, ligeiramente mais agradável que o anterior, mas não convence. No essencial, o jornal não alterou quase nada.

A anunciada aposta no vídeo ainda está por ver, a não ser que nos queiram dizer que pespegar vídeos do YouTube no final de uma ou outra notícia seja "apostar" no vídeo. A arquitectura da versão online do diário também parece ser pouco propícia a dinâmicas de convergência, mas aqui teremos de dar o benefício da dúvida.

Além disso, verifica-se que subsistem problemas muito básicos por resolver. Por exemplo, as notícias, despejadas automaticamente do papel para a Web (shovelware), nem sequer são separadas por espaços. Talvez devido à mudança recente, há muitos links "mortos". E lá aparece ainda a reprodução da primeira página do Correio da Manhã dos quiosques, opção que já teve o seu tempo.

Há dias, aplaudi o anúncio das novidades que o jornal prometia e que passavam pela introdução de uma área de vídeos e um fórum de discussão diária, de modo a promover mais a «interactividade junto dos leitores», mas já suspeitava de que, sem reforço da pequena equipa online do CM, seria difícil ver resultados credíveis e sustentáveis.

Esperemos que, com o tempo, o Correio da Manhã prove que não pariu um rato online na passagem do seu 29º aniversário.


A ler:
Correio da Manhã a caminho da convergência

22.11.07

Ciberjornais mais simples

A homepage do MSNBC, recentemente redesenhada, está bastante agradável. A par de outras, esta mudança dá-nos a ver pelo menos três tendências em subida no grafismo dos ciberjornais: simplificação, aligeiramento e horizontalização dos conteúdos dispostos nas páginas.

Por contraste, podemos ver, por exemplo, a homepage do New York Times, ainda muito marcada pelo grafismo da versão em papel, vertical (cinco colunas) e com uma mancha de títulos e entradas bastante compacta.

19.11.07

O Público.pt está melhor, mas pode ir mais longe

Primeira observação: em termos gráficos, o novo Público.pt está melhor. Aproxima-se, com a estreia, hoje, de um novo figurino, do modelo de cibejornais como ELPAÍS.com, cujo design tem sido elogiado por diversos especialistas na área e premiado. A opção pelas três colunas e pela diferenciação do tipo de letra nos títulos aumenta, em muito, a legibilidade da homepage do diário da Sonae.

Segunda observação: na comparação directa com o ELPAÍS.com, a "primeira página" do Público.pt perde em termos de atractividade na área da fotografia: no diário espanhol, as fotos são mais abundantes, maiores e aparecem mais destacadas aos longo dos ecrãs de "scroll" necessários para visualizar toda a homepage. No ELPAÍS.com, tal como o Guardian Unlimited, por exemplo, vemos também mais cor nos cabeçalhos de algumas secções. A cor, usada com equilíbrio, torna as páginas mais atraentes.

Terceira observação: a nova secção de vídeo é uma das apostas mais promissoras, ainda que se note não estar em velocidade de cruzeiro. O grafismo do Público Vídeo é simples, como deve ser; a usabilidade é boa; o tamanho do ecrã dos vídeos é apropriado, com a correcta opção "full screen"; a duração dos anúncios, curta, afigura-se ideal; também correcta parece ser a contenção nas opções do tipo "web 2.0" (Digg, Newsvine, Technorati, etc.); falta a opção "embed", mas, convenhamos, ainda será cedo para dar um passo que, até agora, poucos ciberjornais de renome se atreveram a dar.

Independentemente dos aspectos a melhorar, o Público.pt deu mais um passo arrojado e na direcção certa no sentido de se aproximar do que de melhor se vai fazendo por esse mundo fora em termos de ciberjornalismo, um território onde muito ainda está por descobrir e inventar. Em Portugal, nem se fala.


A ler:
PÚBLICO passa a ter vídeos no seu site a partir de hoje

17.11.07

Público.pt com novo grafismo

Depois de amanhã, o Público.pt estreia um novo desenho. Terá três colunas, em vez das actuais quatro, com a barra de navegação a passar da vertical à esquerda para a barra superior horizontal, à semelhança do que fazem vários ciberjornais de referência, como é o caso do ELPAÍS.com.

A principal novidade, como já aqui referi, é a aposta no vídeo, com a criação do Público Vídeo, secção de cinco elementos liderada por Alexandre Martins, editor Multimédia. «Focado em reportagens e entrevistas, o Público Vídeo pretende contar com a colaboração de todos os profissionais da redacção do diário.» (Meios & Publicidade). Há aqui, portanto, um pequeno passo dado no sentido da convergência.


31.10.07

Vídeo no Público.pt, renovação no Diário Digital

E o ciberjornalismo em Portugal move-se! Enfim, um pouco... O Público.pt vai apostar no vídeo e o Diário Digital anuncia uma reformulação gráfica e de conteúdos.

Segundo a Meios & Publicidade (MP), o vídeo vai chegar em breve ao Público.pt, «com conteúdos audiovisuais produzidos internamente e provenientes de agências noticiosas», conforme adianta António Granado.

O Público Vídeo será acompanhado de um "refrescamento" gráfico e de navegação do site. O mais interessante é que este novo serviço terá uma equipa fixa de cinco elementos: um editor, dois jornalistas e dois técnicos. Para a escala do ciberjornalismo português, este é um investimento considerável e um passo audacioso. De saudar, portanto. Ainda para mais numa altura em que, lá por fora, o investimento dos jornais no vídeo aumenta a olhos vistos.

Já a aposta do Diário Digital parece um pouco mais modesta. Ainda segundo a MP, em Janeiro o design será mudado, haverá novas secções, reforço dos conteúdos informativos da área desportiva e económica e da área dedicada aos utilizadores.

Para quem anda a pregar no deserto do ciberjornalismo português há 12 anos, pequenas notícias como estas são particularmente gratificantes, acreditem.


A ler:
Site do Público com canal de vídeos
Novo Portugal Diário em Janeiro

14.10.07

Chaves para compreender o 'novo' El País

El País, o maior diário espanhol, com 31 anos de história, vai mudar no próximo domingo. A ordem das secções será alterada e haverá «janelas e novos formatos e linguagens. Objectivo: fornecer chaves para compreender.»

A propósito das mudanças que se avizinham, o director do jornal, Javier Moreno, procura responder a uma questão simples: para quê mudar? «Cambiamos por responsabilidad; por responsabilidad con nosotros mismos, en primer lugar, como periodistas; por responsabilidad con nuestros lectores y, por extensión, por responsabilidad con la sociedad a la que nos dirigimos y con la que ya contrajimos ese compromiso hace 31 años, cuando el periódico vio la luz por vez primera.»

Moreno rejeita a ideia de que o jornalismo esteja em crise. Mostra-se, antes, mais preocupado como futuro da democracia e com a ligação às novas gerações : «Por eso no creemos que el periodismo esté en crisis; y si nos hubiéramos de preocupar por el futuro de los periódicos, mejor haríamos en hacerlo por el futuro de la democracia misma. Por eso cambiamos. Un periódico es, entre otras muchas cosas, una mirada compartida con sus lectores a lo largo de los años. Y para seguir desempeñando esa función con éxito en los próximos 15 o 20 necesitamos conectar con las generaciones que se convertirán en el eje central de este país en ese periodo de tiempo. A todos los niveles: un nuevo discurso narrativo; otra manera de contar lo que sucede; cómo se les ofrece y qué se les ofrece; un nuevo perfil de la modernidad, que ahora tiene poco que ver con la que se impuso hace tres décadas; Internet.»

A ler:
EL PAÍS cambia con sus lectores
De cómo y para qué se ejerce el periodismo

27.9.07

O Público espanhol

Numa altura em que tanto se fala de crise na imprensa e de jornais gratuitos, a Espanha vê nascer um diário pago, o Público, pela mão do grupo Mediapro.

Há algumas particularidades neste lançamento que merecem registo. A começar pelo perfil do director: Ignacio Escolar tem 31 anos e é um dos mais populares bloguistas do país. Novidade a nível mundial uma escolha deste tipo.

Goste-se ou não, Escolar vem com algumas rupturas na manga: diz, por exemplo, que o jornal não precisa de editorial, pois considera este género de artigo coisa do século XIX.

Depois, o novo diário diz logo ao que vem. Público assume-se como jornal de esquerda. A Mediapro é vista como próxima de Zapatero. (Pena que, em pleno século XXI, jornais "de qualidade" nasçam logo com rótulos políticos e, aparentemente, colados a estratégias estranhas ao jornalismo. Naturalíssimo, dirão alguns...).

O Público quer conquistar leitores jovens, que andam todos a fugir para o Hi5, MySpace e Second Life e pouco querem saber de tecnologias de papel. É compacto. Aposta num grafismo "fresco" e explora a infografia. É todo a cores. Tem uma redacção única (para o papel e para a web, uma aposta na convergência, portanto) de 140 jornalistas, quase todos na faixa etária do director. E só custa 50 cêntimos (o Público português custa quase o dobro).

Na versão online, ainda muito incipiente, o Público.es, é, em termos gráficos, semelhante ao ELPAÍS.com, mas um pouco menos comedido. Por exemplo, no tamanho, grande, das fotos.

No texto de apresentação do novo jornal, o director começa por citar o comediante Seinfeld.


Outras leituras:
Será que dá?
Público, a new quality spanish views-paper in a booming market

17.3.07

Visão a menos

A imprensa anda em maré de grandes remodelações gráficas. Nuns casos, têm sido bem sucedidas. Expresso e Público são dois exemplos. Noutros casos, são dadas verdadeiras cambalhotas à retaguarda. Veja-se o que fez a Visão.

A "nova" Visão parece antiga. As páginas são insípidas, pouco atraentes, frias, despidas. A capa é deslavada. Para quem estava habituado a ler, há anos, a velha Visão, o choque é inevitável. E desagradável.

21.11.06

LASTAMPA.it renova

O LASTAMPA.it acaba de estrear um novo visual. Tal como fez o ELPAIS.com, passou para 1024 pixels. O corpo da letra dos textos está maior, mais legível. Na versão online do diário italiano La Stampa aposta-se agora nos blogues dos leitores.

Esta mudança parece menos ambiciosa que a do ELPAIS.com, que reforçou a aposta na imediatez (actualização constante), no multimédia e na interactividade, com destaque para as ferramentas da chamada Web 2.0 (del.icio.us, Digg, Technorati, etc.)

Em ambos os casos, no entanto, predomina ainda o multimédia por justaposição, isto é, o vídeo e o áudio, por exemplo, surgem desgarrados em vez de verdadeiramente integrados nas notícias. Não obstante, há mais material multimédia disponibilizado, algo que por si só já é positivo em empresas cuja matéria-prima original é o papel.

29.6.06

Diário Económico renova visual

O Diário Económico renovou a sua versão online. Em termos visuais, o DiarioEconomico.com não fez uma mudança radical. Mas está mais bem arrumado, mas agradável à vista e mais fácil de ler.

Ainda assim, não há qualquer material multimédia. As fotos escasseiam. Sobram gráficos cheios de números pequeninos, tipo sobe-e-desce da bolsa.

Em parâmetros como o hipertexto ou a interactividade, o DiarioEconomico.com também chumba no exame.

Opções interessantes: a versão impressa pode ser descarregada na íntegra em formato PDF; o calendário para consultar edições anteriores.

11.4.06

Diário Digital, lista telefónica

O Diário Digital mudou de formato e fez algumas alterações nos conteúdos, o que é de saudar. Mas, sobretudo de um ponto de vista gráfico, mudou para pior. Boa parte das páginas está tão atraente quanto as Páginas Amarelas.

Veja-se, por exemplo, a secção de Política. Quando a abrimos, apanhamos com um chapadão compacto de 75 entradas para notícias. Nem uma foto para aliviar. As secções de Sociedade, Mundo, Desporto e Cultura são idênticas. Só as secções de Música e de Economia, produzidas como canais autónomos, se parecem com um jornal online do ano de 2006.

Posto isto, registe-se o aspecto mais positivo desta mudança: a saída do colunista Luís Delgado.


A ler:
O DD muda hoje