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23.1.09

A reinvenção do El País

No recente anúncio da "mudança estrutural" no El País, é importante atentar na semântica. Juan Luis Cebrián já não fala tanto em convergência de redacções, mas antes em "fusão" e "integração":

«La redacción de EL PAÍS se fundirá con la de su edición en internet (que hasta el momento dependía de otra empresa del grupo, Prisacom). Esta integración no se limita a un nivel periodístico, sino que constituye también una fusión de operaciones económicas.»

Até agora, tem-se falado muito em convergência, na necessidade da mesma, etc.. Mas, na hora de a levar à prática, tudo se complica. No entanto, face à crise que as aperta, as empresas começam a perceber que não basta convergir: torna-se necessário fundir mesmo, de modo a criar condições para produzir, segundo um modelo multiplataforma, para papel, web e telemóveis.

Vai ser interessante, pois, seguir com atenção as grandes mudanças anunciadas no El País e verificar até onde vai a "fusão", à volta da qual vão girar 500 jornalistas.


A ler:
El País se reinventa
Mudança integral no El Mundo

15.9.08

Prémio merecido para ELPAÍS.com

O ELPAÍS.com foi um dos dois premiados (o outro foi o Soitu.es.) na nova categoria dos Online Journalism Awards (2008), a que distingue sites de língua não-inglesa.

Os membros do júri consideraram que a versão digital do ELPAÍS.com é «um exemplo brilhante de como um meio tradicional pode florescer na arena digital» e «fixa a referência pela qual os outros se medem».

Para não ir mais longe no corroborar desta afirmação, basta vermos a recente remodelação gráfica do Le Monde.fr, claramente inspirada no "modelo ELPAÍS.com". É ainda elogiada a oferta do diário espanhol em infografia, «rica em informação e fácil de consumir». Os elogios são inteiramente merecidos.

Depois, estão lá os vencedores do costume (Washington Post, New York Times, CNN.com, etc.). O MSNBC.com., já por várias vezes premiado, desta vez não aparece.


A ler:
Newest Online Journalism Award category won by El Pais and Soitu
ELPAÍS.com gana el Premio a la Excelencia de la Online News Association

15.1.08

Do "web vídeo" para a televisão

É curioso ver como os ciberjornais começam a deixar de falar em "Web vídeo" e, sem complexos, adoptam "Web TV". Os jornais estão a entrar no mundo da televisão. Caso mais recente: o Daily Telegraph vai estrear sete "programas de TV" no seu site.

Mas, se formos ao Expresso online, já temos o Expresso TV. No ELPAÍS.com, o ELPAÍSTV. No Telegraph, o Telegraph TV. A palavra "TV", em vez de "vídeo", faz aqui toda a diferença, também em termos semânticos.

Nos casos do Telegraph e do ELPAÍS, que, note-se, estão ainda longe de constituir a maioria, o visionamento online assemelha-se à experiência de assistir a um telejornal: as peças em vídeo disponíveis sucedem-se. A diferença é que não há (por enquanto...) um pivot para fazer as ligações.

Se a moda pega, para quê ligar a TV?

2.12.07

Um Kindle para ler

A Amazon desenvolveu um dispositivo de leitura de livros, revistas, jornais e blogues. Talvez por isso seja um pouco redutor chamar-lhe e-book. O Kindle herda parte da (longa) investigação feita no campo dos livros electrónicos, mas vai mais longe.

O vídeo promocional sobre o Amazon Kindle é bastante convincente (e a infografia digital publicada hoje no ELPAÍS.com dá uma boa ajuda). Mas, como a história das novas tecnologias nos ensina, nem sempre as boas ideias vencem na prática.

Não obstante, o Kindle, potenciando várias tecnologias hoje consolidadas, como é o caso das redes móveis, constitui, no mínimo, um excelente exercício prospectivo do acto de ler.



Travessias na memória:
Dois jornais para o próximo milénio
A tinta que não pinta
O livro do desassossego

19.11.07

O Público.pt está melhor, mas pode ir mais longe

Primeira observação: em termos gráficos, o novo Público.pt está melhor. Aproxima-se, com a estreia, hoje, de um novo figurino, do modelo de cibejornais como ELPAÍS.com, cujo design tem sido elogiado por diversos especialistas na área e premiado. A opção pelas três colunas e pela diferenciação do tipo de letra nos títulos aumenta, em muito, a legibilidade da homepage do diário da Sonae.

Segunda observação: na comparação directa com o ELPAÍS.com, a "primeira página" do Público.pt perde em termos de atractividade na área da fotografia: no diário espanhol, as fotos são mais abundantes, maiores e aparecem mais destacadas aos longo dos ecrãs de "scroll" necessários para visualizar toda a homepage. No ELPAÍS.com, tal como o Guardian Unlimited, por exemplo, vemos também mais cor nos cabeçalhos de algumas secções. A cor, usada com equilíbrio, torna as páginas mais atraentes.

Terceira observação: a nova secção de vídeo é uma das apostas mais promissoras, ainda que se note não estar em velocidade de cruzeiro. O grafismo do Público Vídeo é simples, como deve ser; a usabilidade é boa; o tamanho do ecrã dos vídeos é apropriado, com a correcta opção "full screen"; a duração dos anúncios, curta, afigura-se ideal; também correcta parece ser a contenção nas opções do tipo "web 2.0" (Digg, Newsvine, Technorati, etc.); falta a opção "embed", mas, convenhamos, ainda será cedo para dar um passo que, até agora, poucos ciberjornais de renome se atreveram a dar.

Independentemente dos aspectos a melhorar, o Público.pt deu mais um passo arrojado e na direcção certa no sentido de se aproximar do que de melhor se vai fazendo por esse mundo fora em termos de ciberjornalismo, um território onde muito ainda está por descobrir e inventar. Em Portugal, nem se fala.


A ler:
PÚBLICO passa a ter vídeos no seu site a partir de hoje

24.10.07

JPN experimenta infografia digital

Tal como acontece com a reportagem multimédia, a infografia digital, considerada por alguns autores como um novo género jornalístico, está ainda por explorar nos principais ciberjornais portugueses.

A infografia digital tem, em termos narrativos, um potencial enorme. Isso mesmo nos têm mostrado El País, o El Mundo, o New York Times, entre outros.

Mas nem só entre os grandes se fazem experiências neste novo território. No JPN, o portal do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, foi criada uma pequena equipa multidisciplinar com o objectivo de produzir trabalhos nesta área. A primeira infografia digital (multimédia, em Flash) mostra como funciona a técnica que venceu o Nobel da Medicina.

15.10.07

"Querer comprender" El País no YouTube

O anúncio de televisão do 'novo' El País (ver entrada anterior) já está no YouTube. Se a ideia é piscar o olho às gerações mais novas, o pequeno spot parece acertar. No texto, no tom e no ritmo:

14.10.07

Chaves para compreender o 'novo' El País

El País, o maior diário espanhol, com 31 anos de história, vai mudar no próximo domingo. A ordem das secções será alterada e haverá «janelas e novos formatos e linguagens. Objectivo: fornecer chaves para compreender.»

A propósito das mudanças que se avizinham, o director do jornal, Javier Moreno, procura responder a uma questão simples: para quê mudar? «Cambiamos por responsabilidad; por responsabilidad con nosotros mismos, en primer lugar, como periodistas; por responsabilidad con nuestros lectores y, por extensión, por responsabilidad con la sociedad a la que nos dirigimos y con la que ya contrajimos ese compromiso hace 31 años, cuando el periódico vio la luz por vez primera.»

Moreno rejeita a ideia de que o jornalismo esteja em crise. Mostra-se, antes, mais preocupado como futuro da democracia e com a ligação às novas gerações : «Por eso no creemos que el periodismo esté en crisis; y si nos hubiéramos de preocupar por el futuro de los periódicos, mejor haríamos en hacerlo por el futuro de la democracia misma. Por eso cambiamos. Un periódico es, entre otras muchas cosas, una mirada compartida con sus lectores a lo largo de los años. Y para seguir desempeñando esa función con éxito en los próximos 15 o 20 necesitamos conectar con las generaciones que se convertirán en el eje central de este país en ese periodo de tiempo. A todos los niveles: un nuevo discurso narrativo; otra manera de contar lo que sucede; cómo se les ofrece y qué se les ofrece; un nuevo perfil de la modernidad, que ahora tiene poco que ver con la que se impuso hace tres décadas; Internet.»

A ler:
EL PAÍS cambia con sus lectores
De cómo y para qué se ejerce el periodismo

29.9.07

Ciberjornalismo mais móvel e micro

Há duas palavras que começam a ganhar peso no vocabulário do ciberjornalismo: "móvel" e "micro".

O ELPAÍS.com acaba de lançar o Micrografias, um blogue com fotografias do dia-a-dia feitas a partir de um telemóvel (dica de Jornalismo Móvel). O autor, o jornalista Javier Castañeda, publicará uma imagem que «reflicta a vida quotidiana em constante movimento em torno de um tema.»

Enquanto isso, o "micro-bloguismo" vai somando adeptos. Cada vez mais bloguistas aderem ao Twitter, que permite o envio de entradas por email ou SMS. É de crer que os ciberjornais mais atentos às ondulações da Web não tardem a incorporar esta modalidade (o ELPAÍS.com foi o primeiro ciberjornal espanhol a criar o seu Twitter).

15.6.07

Comunidade no ELPAIS.com

O ELPAIS.com abriu uma área para os leitores poderem criar os seus blogues. A ideia está longe de ser nova. Mas o interessante aqui é o modo como o ciberjornal apresenta o novo espaço, La Comunidad:

«La dirección de la página será: http://lacomunidad.elpais.com/nombre-del-blog y permitirá al internauta tener un lugar donde escribir, mostrar sus fotos, vídeos y audios. Los usuarios con página o blog en elpais.com podrán formar sus propias comunidades, abiertas a personas, grupos y asociaciones. El único límite está en escribir con respeto y no usurpar la identidad de otros.»

6.6.07

Lavanguardia.es melhora

O Lavanguardia.es volta a mudar de face apenas um ano após o último redesenho. Está melhor, mas ainda longe do nível de um Elpais.com, por exemplo.

Notas mais positivas: a aposta na interactividade com os leitores e a incorporação de vídeos nas notícias.


(dica de e-periodistas)

27.4.07

Lebres e tartarugas no ciberjornalismo

Morreu hoje um dos maiores violoncelistas de sempre, Mstislav Rostropovich. São 11.30. Como estamos em termos de capacidade de resposta nas edições online dos principais diários portugueses?

O Público.pt já deu uma "última" com dois parágrafos. O Correio da Manhã, vá lá, deu quatro. Para o DN e o JN não se passa absolutamente nada (até a Wikipédia já deu a "notícia"...).

Espreitemos agora o que dá o ELPAIS.com: notícia com foto destacada no topo da página; um dossiê com "tudo sobre Rostropovich"; possibilidade de se ouvir trechos de música; fotogaleria.


Estamos mal.

19.4.07

"Eu jornalista" no ELPAIS.com

O ELPAIS.com acaba de dar mais um grande passo "interactivo", com a criação do espaço para as "notícias" dos leitores. Chama-se Yo periodista e é apresentado assim:

«Ayúdanos a construir ELPAIS.com. Si has sido testigo de alguna noticia, envíanosla y nosotros la publicamos. Puedes mandarnos textos, fotos, vídeos o documentos. Ahora los lectores de ELPAIS.com se convierten en periodistas.»

Descontando a simplificação que esta última frase encerra, Yo periodista é, naturalmente, uma boa ideia, em sintonia com a entronização galopante do cidadão como agente participante do processo jornalístico, online e não só, como se acaba de ver com o caso do massacre na Virgínia.

Por outro lado, o ELPAIS.com mostra, com mais esta iniciativa, continuar atento e, sobretudo, aberto à inovação. Ainda recentemente, o ciberjornal espanhol abriu um quiosque e criou um "correspondente" no Second Life.

19.12.06

Jornais sociais

Em declarações ao Público, edição de hoje, a propósito da última capa da revista Time, defendo que os media tradicionais devem estar bem atentos ao que se passa na chamada Web 2.0. Títulos de referência, como El Pais e New York Times, por exemplo, dão claros sinais de que não estão à espera que o futuro lhes caia em cima de repente.

O New York Times acaba de disponibilizar, em certas notícias, links para agregar o seu conteúdo em alguns sites sociais, como Digg ou Newsvine (dica de Jornalismo & Internet). Desde a última remodelação, ELPAIS.com passou a fazer o mesmo (del.icio.us, Technorati, Digg, etc.).

Por outras palavras: o tempo das "cartas do leitor" já passou à história. A maior parte dos jornais é que ainda não deu por isso.

21.11.06

LASTAMPA.it renova

O LASTAMPA.it acaba de estrear um novo visual. Tal como fez o ELPAIS.com, passou para 1024 pixels. O corpo da letra dos textos está maior, mais legível. Na versão online do diário italiano La Stampa aposta-se agora nos blogues dos leitores.

Esta mudança parece menos ambiciosa que a do ELPAIS.com, que reforçou a aposta na imediatez (actualização constante), no multimédia e na interactividade, com destaque para as ferramentas da chamada Web 2.0 (del.icio.us, Digg, Technorati, etc.)

Em ambos os casos, no entanto, predomina ainda o multimédia por justaposição, isto é, o vídeo e o áudio, por exemplo, surgem desgarrados em vez de verdadeiramente integrados nas notícias. Não obstante, há mais material multimédia disponibilizado, algo que por si só já é positivo em empresas cuja matéria-prima original é o papel.

19.11.06

Nasce o ELPAIS.com

O ELPAIS.es está prestes a mudar. De nome, para ELPAIS.com, de desenho e de conteúdos.

A aposta vai ser na imediatez, no multimédia (destaque para apresentação de notícias em formato vídeo) e na participação dos cidadãos. Apostas correctas, portanto.

O ciberjornalismo, em Espanha, mexe.

12.11.06

ELPAIS.es: o melhor da Península

O ELPAIS.es acaba de vencer o prémio, atribuído pela Society of News Design, de jornal digital melhor desenhado do ano 2006 em Espanha e Portugal, na categoria de média online com mais de 10 milhões de visitas. Merecidíssimo.

Se houver dúvidas quanto à justeza do prémio, espreite-se a edição Web da revista EP3, a EP3.es. E, já agora, começando pela crítica do concerto de Antony em Madrid. Ele arrasou os madrilenos e arrasou-nos a nós em Braga, no belíssimo Theatro Circo, anteontem à noite.

Na Web, como no palco, quem sabe sabe.

4.8.06

Somos todos jornalistas?

Duas observações interessantes a reter do artigo Todos Somos Periodistas, disponível no EL PAIS.es:

Dan Gillmor, autor de Nós, os Media, considera que a imprensa tradicional vai continuar a ser necessária. Os bloguistas, diz, não querem (nem devem querer, diria eu) substituir os jornalistas. «O que acontece é que todos temos histórias para contar. E é inerente ao ser humano querer fazê-lo. Mas os jornalistas deveriam celebrar a participação dos cidadãos na criação de notícias e preocupar-se mais com o futuro da publicidade, já que vivem dos anunciantes e são estes os que realmente lhes podem causar danos procurando audiências em novas plataformas».

Nicholas Lemann, decano da Faculdade de Jornalismo da Columbia University, diz que que o jornalismo de cidadão ainda está longe de ser autêntico jornalismo, mas, potencialmente, «a Internet é o melhor meio que foi inventado para a reportagem».

A ler:
Todos somos periodistas
Amateur Hour. Journalism without journalists

24.4.06

24 Horas: um jornal gratuito para imprimir

A Web permite hoje a distribuição do jornal convencional através da Internet com o mesmo desenho que é enviado para a rotativa.

Esta realidade está a facilitar o desenvolvimento de uma nova “criatura” jornalística, que conserva intactas as vantagens do diário convencional de papel, incluindo a sua comercialização a baixo preço, mas que incorpora as características do mundo da Web, como a imediatez, a transnacionalidade ou a difusão ilimitada.

Donde, quando até há pouco anos havia uma única "criatura" mediática, agora, graças à Web, há três produtos distintos e complementares: o diário convencional impresso, a versão digital e o jornal que se comercializa na rede para imprimir em casa (em formato PDF, por exemplo) ou ler no ecrã, com a vantagem acrescida dos motores de busca, a edição de textos e a possibilidade de agregar hiperligações.

«A impressão doméstica de jornais e a difusão através da rede de formatos jornalísticos idênticos aos que se distribuem em papel abrem uma nova via cheia de esperanças para os editores de diários», consideram David Valcarce e Álvarez Marcos, autores do livro Ciberperiodismo.

Provando estar atento ao devir inelutável da rede, o diário espanhol El País acaba de lançar um jornal gratuito, "actualizado a cada minuto", em formato PDF. Chama-se 24 Horas e pode ser personalizado a partir de cinco edições disponíveis.

10.10.05

Veneza: diques animados no ELPAIS.es

Vai ser construída em Veneza uma das obras mais ambiciosas de engenharia da Europa. Trata-se de um sistema de diques móveis que permitirá fechar a lagoa e evitar as inundações que ameaçam a mais bela cidade do mundo.

O ELPAIS.es mostra-nos, através de uma interessante infografia digital, como vão funcionar os diques.