Mostrar mensagens com a etiqueta formação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta formação. Mostrar todas as mensagens

13.4.09

Editores apreciam aptidões digitais

Os editores online norte-americanos consideram cada vez mais importante as aptidões digitais dos ciberjornalistas. Quando questionados sobre que tipo de formação gostariam que os seus ciberjornalistas contratados tivessem daqui a cinco anos, o manuseamento de texto, áudio, fotografia e vídeo surge à cabeça.

O estudo foi feito por Sahira Fahmy e está agora disponível, na íntegra, com o título "How Online Journalists Rank Importance of News Skills", no Newspaper Research Journal.


«This study, based on a national survey of 245 online news professionals, primarily focuses on assessing the importance of future traditional journalism skills, digital journalism skills and Web-coding skills. It also contributes to our overall understanding of the changes taking place in the newsgathering business as it offers some updated insights into the online news industry.»

6.2.09

Artigo sobre ciberjornalistas portugueses

Na revista académica Prisma.Com, da Universidade do Porto (UP), pode ser lido o texto que serviu de base à conferência que dei no I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, realizado, em Dezembro passado, na UP.

No artigo "Ciberjornalistas portugueses: Das práticas às questões de ética" são apresentados os resultados de um inquérito feito a ciberjornalistas portugueses de órgãos de comunicação social mainstream, englobando jornais, revistas, rádios, televisões e jornais publicados exclusivamente na Web. O estudo fornece uma caracterização destes profissionais ao nível socio-demográfico, profissional, ocupacional e ético.

10.7.08

Quem é verdadeiramente jornalista?

É, no mínimo, reconfortante começar a ler um livro sobre ética e ciberjornalismo e verificar que há quem, no meio de transformações tão bruscas, imprevisíveis e radicais que afectam o jornalismo, não perca de vista o essencial:

«A questão mais profunda, e uma que é central neste livro, é esta: Quem é verdadeiramente jornalista? Nós pensamos que a ética fornece o ponto crucial da resposta. Na nossa sociedade, um jornalista é alguém cujo primeiro objectivo é providenciar a informação de que cidadãos de uma democracia necessitam para serem livres e auto-governados: alguém que age de acordo com um firme compromisso com o equilíbrio, justeza, auto-domínio, e serviço; alguém em quem os membros do público possam confiar para os ajudar a entender o mundo e a tomar decisões razoáveis sobre as coisas que importam. No aberto, participativo, e gloriosamente estridente mundo online, são estes princípios abrangentes - e os modos concretos como são colocados em prática no dia-a-dia, por jornalistas individuais em todo o mundo - que estão a definir o jornalista e a determinar o futuro.» (Cecilia Friend e Jane B. Singer, Online Journalism Ethics: Traditions and Transitions).

Questões como estas são absolutamente centrais para a formação profissional e ética dos ciberjornalistas, uma vez que o meio onde operam, a Web, tende, frequentemente (por muitos e variados motivos), a desviá-los para práticas acessórias e prioridades irrelevantes.

29.5.08

Os "mojos" estão a crescer

Já toda a gente percebeu que o futuro é móvel. O problema é que este futuro chega cada vez mais cedo e tem agora por hábito nem sequer bater à porta das redacções. Nos EUA, uma tendência ganha peso: os jornais contratam cada vez mais "mojos" (contracção de mobile journalists).

Joe Strupp, em artigo escrito na Editor & Publisher, resume assim as coisas: à medida que a tecnologia oferece maneiras cada vez mais fáceis de recolher som e imagem, os editores estão a chegar à conclusão de que equipar os seus repórteres com kits de tecnologia necessária para trabalhar à distância e a mandá-los para o terreno é uma opção atractiva (e sobremaneira aconselhável, acrescentaria, uma vez que um dos "pecados" do actual jornalismo/ciberjornalismo é precisamente a sedentarização dos jornalistas nas redacções).

Há um diário que está mesmo a pensar em tornar todos os seus repórteres e fotojornalistas "mojos" ainda este ano. Um "mojo" passa a maior parte do tempo no exterior, gravando, filmando, escrevendo. Alguns não chegam sequer a passar pelas suas redacções.

Agora, estas opções têm os seus custos. Entre eles, os financeiros propriamente ditos: um kit móvel inclui pelo menos computador portátil, câmara de vídeo, telemóvel, gravador de áudio e outros acessórios. E nem todos (longe disso) os jornalistas estão preparados para saber lidar, no terreno e em tempo útil, com esta parafernália.

É de esperar que o "mojo" avance e recue, seja experimentado e abandonado, em maior ou menor grau, consoante os países, os mercados e a envergadura das empresas jornalísticas. Mas estas dificilmente se poderão manter imóveis num mundo de gente (sobretudo a mais nova) cada vez mais móvel.


A ler:
Get Your 'MoJos' Working: The End of the Newsroom As We Know It?
Jornalismo móvel impacta redacções americanas

20.5.08

Dilemas dos jornais na era digital

Hank Wilson, director de arte do Daily Press, um jornal da Virgínia, produziu um pequeno vídeo sobre o declínio dos jornais de papel nos EUA e o crescimento dos ciberjornais, que têm visto as suas audiências subir. Que significa isto? Que fazer perante este cenário? Wilson dá algumas respostas. Basicamente, o que ele diz (correctamente) aos jornais é: aprendam novas competências e adaptem-se à era digital.

(dica de eCuaderno)

2.3.08

Entrevista em O Lago II

No blogue O Lago, entrevista (versão completa) que concedi a Alexandre Gamela.

28.2.08

28.11.07

NYT: credenciais jornalísticas e aptidões técnicas

Fiona Spruill, editora da edição Web do New York Times, tem estado a responder a perguntas dos leitores num espaço próprio criado para o efeito, o "Talk to the Newsroom".

A uma pergunta, relacionada com as aptidões necessárias para trabalhar numa redacção digital como a do diário nova-iorquino, Spruill respondeu que são exigidas sólidas credenciais jornalísticas e fortes aptidões técnicas:

«Our Web newsroom is closely integrated with the print newsroom, so I am looking for people who can flourish in both worlds and who I could see fitting into many different jobs at The Times. Among other things, producers are responsible for packaging the news online and for creating original multimedia. As a result, they need to have solid journalism credentials and strong technical skills.

On the technical side, we want people to walk in the door with a proficiency in Photoshop, HTML and blogging software, and an understanding of Web publishing systems. Experience in the production of multimedia — including the use of audio and video editing tools — is strongly desirable. For our more specialized multimedia positions, we expect to see an extensive knowledge of Flash and an understanding of how to integrate databases into multimedia presentations.»

A redacção digital do New York Times tem 60 produtores e editores, que asseguram a publicação de forma ininterrupta, 24 sobre 24 horas.

19.9.07

'Ciberjornalismo: dos primórdios ao impasse'

Na revista Comunicação e Sociedade, vol. 9-10, pp. 103-112, pode ser lido o texto, da minha autoria, Ciberjornalismo: dos primórdios ao impasse.

Resumo
«Os primeiros avanços no campo do jornalismo digital, em Portugal, têm sido lentos e assinalados por uma série de frustrações, algumas delas devido a expectativas utópicas em relação à viabilidade de alguns projectos. Contudo, e apesar de alguns obstáculos, novos desafios são impostos aos jornalistas profissionais. Destes espera-se que sejam capazes de lidar com as novas ferramentas da Internet e que contem as suas estórias usando novos recursos, tal como arranjem uma nova lógica para construírem os seus artigos. Começa a cimentar-se nos académicos que se debruçam sobre os media a ideia de que a formação de jornalistas especificamente para a área digital deve seguir regras diferentes, especialmente no que diz respeito a estórias em hipertexto e competências técnicas. O grande desafio deverá ser a formação de estudantes que pratiquem esta modalidade de jornalismo, sempre com o necessário equilíbrio entre as aptidões técnicas e a consciência ética e valores profissionais.»

3.8.07

Uma parceria recomendável

O grupo de média Trinity Mirror e a Universidade de Teesside, Inglaterra, formaram uma parceria para o desenvolvimento de uma cadeira de jornalismo multimédia. A ideia é preparar jornalistas para o trabalho em ciberjornais.

O curso chama-se Multimedia Journalism Professional Practice e combina «jornalismo e multimédia com a exploração crítica do campo emergente do jornalismo convergente».

Eis um exemplo prático e altamente recomendável de cooperação entre os mundos empresarial e académico. À atenção das empresas jornalísticas portuguesas, em geral pouco atreitas a este tipo de parcerias, e não poucas vezes alérgicas a tudo o que cheire a formação profissional ou académica dos seus funcionários, jornalistas incluídos.


A ler:
Trinity Mirror forms partnership to devise multimedia journalism degree

16.11.06

Diploma em jornalismo

É uma pena importarmos do Brasil apenas jogadores de futebol e telenovelas. Há decisões que valiam bem um voo transatlântico. Para abalar uma certa ordem jornalística por cá fossilizada:

«O Superior Tribunal de Justiça decidiu que, para ser registrado como jornalista, o profissional deve atender a exigência de possuir um diploma de nível superior em Jornalismo.» (in Jornalismo & Internet)

11.9.06

Perfil do jornalista nos EUA

Algo tem mudado no perfil do jornalista norte-americano ao longo das últimas décadas. Hoje, ele é:

* mais velho do que era há uma década (média actual de 41 anos)
* mais bem formado a nível universitário
* menos inclinado a ser democrata (no sentido usado nos EUA)
* mais bem compensado do que era há dez anos, mas com menor poder de compra


A ler:
The Face and Mind of the American Journalist

22.11.05

Jornalistas online em Portugal

Cumprida a primeira década de história do jornalismo na Internet em Portugal, os jornalistas online portugueses são contituídos maioritariamente por profissionais entre os 26 e os 35 anos de idade, em início de carreira, sendo que as mulheres estão em maioria. Poucos receberam formação específica no ensino superior. Utilizam pouco a narrativa hipermédia.

Estas são algumas das conclusões que resultaram de um inquérito feito a 79 jornalistas (com 54 respondentes) por João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior. E o panorama geral não parece lá muito animador.

Canavilhas põe o dedo na ferida quando, ao procurar explicar, por exemplo, «a integração hipermédia quase inexistente, fraca utilização do hipertexto e aposta nas notícias de última hora, num modelo muito semelhante ao das agências de notícias», refere que «por detrás desta realidade parece estar a dificuldade em encontrar um modelo de negócio que viabilize as publicações online.» Ora, é precisamente aqui que o negócio empanca, impedindo a ascenção do ciberjornalismo português à "primeira divisão".

Esperemos, pois, por melhores dias.


A ler:
Os jornalistas online em Portugal