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11.4.09

"Obesidade" a mais, jornalismo a menos

Os textos contra as marés são sempre estimulantes, sobretudo quando não concordamos com eles. Não é o caso, no entanto, do texto que Eduardo Cintra Torres assina no Público (P2) de hoje e cuja leitura recomendo a toda a gente que se interessa, verdadeiramente, por comunicação e por jornalismo.

Em "A obesidade informativa e a luta pelo jornalismo", Cintra Torres escreve sobre algumas questões muito interessantes, tais como a «obesidade informativa» («A nossa época é a da obesidade informativa. Os indivíduos são sujeitos, ou sujeitam-se, por vontade própria, a demasiada informação»), as «mensagens inúteis de Twitters e de outras redes sociais anti-sociais», e a confusão que hoje reina entre informação (demasiada) e o jornalismo (cada vez mais raro).

O crítico lembra o que muito boa gente faz por esquecer: «Porque uma sociedade sem jornalismo independente, só com informação desenfreada, será uma sociedade infernal, com os poderes em roda livre e os cidadãos submersos num mar revolto de mentiras ou verdades inúteis para os enganarem, não só no espaço mediático, como na vida.»

Um bom ponto de partida para uma boa discussão.

18.10.07

A revolução na informação

Michael Wesch, professor de Antropologia Cultural na Kansas State University, colocou no YouTube um vídeo sobre a evolução no modo como nós encontramos, armazenamos, criamos, criticamos e partilhamos informação.

Wesch, de quem já passámos aqui no Travessias Digitais o vídeo Web 2.0... The Machine is Us/ing us, diz que Information R/evolution é um ponto de partida para o debate sobre o futuro próximo e as aptidões necessárias para criar, avaliar e gerir informação de forma correcta.

Por aqui se vê que, dos pesados e lentos arquivos tradicionais às alucinantes buscas no Google, foi um enorme passo, dado à velocidade da luz.

30.10.05

Proulx e a comunicação

O canadiano Serge Proulx, sociólogo e professor de comunicação, esteve esta semana em Lisboa para falar de cibernética. Em entrevistas ao DN (Segunda-feira passada) e ao Público (hoje), o co-autor de A Explosão da Comunicação deixou alguns tópicos interessantes. Por exemplo:

«Na nossa sociedade há uma sobrecarga de informação e isso não se traduz automaticamente num crescimento da comunicação». Proulx defende uma refudação da educação para enfrentar a overdose informacional. «Estamos numa sociedade onde a comunicação é uma preocupação permanente, mas isso não quer dizer que comunicamos mais, no sentido da troca simbólica».

«O problema da comunicação é omnipresente. Tudo, hoje em dia, é comunicação, do comércio à política. Quanto ao desenvolvimento de uma ciência da comunicação, ainda não atingimos a maturidade. Estamos no balbuciar de uma ciência da comunicação». «Alguém conseguir ser eleito é cada vez mais uma questão de comunicação».

«Até 1995, o primeiro grande período da Internet, houve a expansão de uma cultura da liberdade. A partir daí, entramos na fase do mercado. Ainda estamos perante uma tensão entre dois pólos.»


A ler:
Informação a mais obriga à refundação da educação

25.6.05

De leituras: guardiães ameaçados

«A venerável profissão do jornalismo encontra-se num raro momento da história onde, pela primeira vez, a sua hegemonia como gatekeeper das notícias é ameaçada por, não apenas novas tecnologias e competidores, mas, potencialmente, pela audiência que serve. Armada com ferramentas de publicação fáceis de usar, conexões em permanência e dispositivos móveis cada vez mais poderosos, a audiência online tem os meios para se tornar uma activa participante na criação e disseminação de notícias e informação.»

Shayne Bowman e Chris Willis, 'We Media: How Audiences are Chaping the Future of News and Information'