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14.1.09

Ciberjornalismo em documentário

Um grupo de doutorandos em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais (Universidades de Aveiro e Porto) produziu um pequeno documentário sobre ciberjornalismo e media participativos. O trabalho, interessante, raro e pedagógico, pode ser visto agora no YouTube.

15.10.08

Novo blogue sobre ciberjornalismo

Nasceu um novo blogue sobre ciberjornalismo. O autor, Javier Díaz Noci, é um dos principais investigadores espanhóis nesta área.

Interessante é o enfoque que o professor universitário pretende dar a CyberJournalism, blogue escrito em inglês: privilegiar a análise de conceitos e tendências do ciberjornalismo em detrimento de temas de índole profissional.

Um bom exemplo é dado logo num dos posts iniciais, em que Noci justifica por que prefere o termo cyberjornalism, ou ciberjornalismo (que também colhe a minha preferência), em vez de jornalismo online ou webjornalismo:

«“Online journalism” is a very widespread term, of course, but not very worthy to be translated into Spanish. It underlines, on the other hand, just one characteristic of this new journalistic form.

“Webjournalism”, as proposed by our Brazilian colleagues, is a good alternative, we guess. Journalism made for the Web is, in fact, the thing we try to analyze. Better, in fact, than “Internet journalism”; it is more concrete.

Nevertheless, we do not know what the Internet will be in the future, even if it will receive the same name. So we prefer to take about journalism made for cyberspace -in present days the Internet, some time ahead probably somo other thing. So, that’s Cyberjournalism.»

Um blogue a seguir com atenção.

1.5.08

"Blogar" já era?

"Blogar" estará em vias de passar de moda? Alguns gurus de ponta acham que sim, já estamos a caminho disso. Por uma razão simples: o que o povo do ciberespaço quer cada vez mais é conversa em rede social e menos monólogo em espaço blogue.

MySpace, Facebook, Hi5, Bebo, Ning, Twitter, Tumblr, FriendFeed estão a tornar os simples "posts" e comentários aos "posts" algo sobremaneira estático, pouco dinâmico, num contexto comunicacional frenético, não poucas vezes compulsivo, sempre online, ao segundo e de preferência em 140 caracteres (um dia destes ainda descobrimos os adolescentes de regresso ao código morse, enviando traços e pontos de satisfação ou raiva uns aos outros...).

Stowe Boyd, um dos bloguistas mais respeitados em São Francisco e Silicon Valley: «As conversas estão a mudar de uma forma estática e lenta - os comentários às entradas de blogues - para uma forma mais dinâmica e rápida no fluxo de Twitter, Friendfeed e outros.»

Jonathan Schwartz, da Sun Microsystems, mais directo: «Chegará o momento em que a palavra blogar se torne anacrónica.»

Vamos estando atentos.


A ler:
Demasiados monólogos en los 'microblogs'
La fijación de menores con Internet desconcierta a padres y educadores

2.12.07

Um Kindle para ler

A Amazon desenvolveu um dispositivo de leitura de livros, revistas, jornais e blogues. Talvez por isso seja um pouco redutor chamar-lhe e-book. O Kindle herda parte da (longa) investigação feita no campo dos livros electrónicos, mas vai mais longe.

O vídeo promocional sobre o Amazon Kindle é bastante convincente (e a infografia digital publicada hoje no ELPAÍS.com dá uma boa ajuda). Mas, como a história das novas tecnologias nos ensina, nem sempre as boas ideias vencem na prática.

Não obstante, o Kindle, potenciando várias tecnologias hoje consolidadas, como é o caso das redes móveis, constitui, no mínimo, um excelente exercício prospectivo do acto de ler.



Travessias na memória:
Dois jornais para o próximo milénio
A tinta que não pinta
O livro do desassossego

10.10.07

Jornais e blogues na mesma onda

De início, os jornais estranharam ou desprezaram os blogues. Agora, não só os acolhem nas suas páginas online como até, nalguns casos, partilham os lucros da publicidade.

Recentemente, o Washington Post e o Guardian acrescentaram um "blog roll" (lista de blogues) patrocinado às suas edições na Web. Se algum dos blogues listados conseguir vender um anúncio, o lucro é divido entre o jornal e o bloguista.


A ler:
From despising blogs to sharing revenue
Newspapers, bloggers now on the same page

3.10.07

Blogues são para acompanhar

«Os blogs e todos esses sistemas novos podem parecer frágeis, pouco confiáveis e pouco sérios. Mas eles são uma demonstração da criatividade e inovação que está acontecendo fora do âmbito do jornalismo tradicional. Ao completar sua primeira década, o jornalismo online entra numa etapa de seu desenvolvimento onde é vital acompanhar de perto e estudar o significado dessas iniciativas que estão surgindo na medida em que a Revolução Digital avança e rompe os paradigmas tradicionais da comunicação. Se quisermos manter vivo o jornalismo independente e profissional, que é tão importante para a democracia, precisamos adaptá-lo ao novo ambiente midiático que está em formação.»

Rosental Calmon Alves, Comunicação e Sociedade, vol. 9-10

29.9.07

Ciberjornalismo mais móvel e micro

Há duas palavras que começam a ganhar peso no vocabulário do ciberjornalismo: "móvel" e "micro".

O ELPAÍS.com acaba de lançar o Micrografias, um blogue com fotografias do dia-a-dia feitas a partir de um telemóvel (dica de Jornalismo Móvel). O autor, o jornalista Javier Castañeda, publicará uma imagem que «reflicta a vida quotidiana em constante movimento em torno de um tema.»

Enquanto isso, o "micro-bloguismo" vai somando adeptos. Cada vez mais bloguistas aderem ao Twitter, que permite o envio de entradas por email ou SMS. É de crer que os ciberjornais mais atentos às ondulações da Web não tardem a incorporar esta modalidade (o ELPAÍS.com foi o primeiro ciberjornal espanhol a criar o seu Twitter).

13.9.07

Lista de investigadores/bloguistas em comunicação

Rogério Christofoletti, do blogue Monitorando, começou por fazer uma lista dos principais blogues de investigadores em comunicação no Brasil, juntando professores, mestrandos, doutorandos, investigadores em geral do campo da comunicação que mantivessem os seus blogues.

Agora, Christofoletti abre a lista (uma excelente ideia) a colegas de Portugal, Moçambique, Angola, Goa e convida «todo o mundo que fala a Língua de Camões» a constituir uma Lista Lusófona de Blogues de Pesquisadores em Comunicação. Está em construção e pode ser consultada aqui.

16.8.07

Jornalistas portugueses e blogues

No Cibercidadania, Paulo Querido escreve sobre a relação entre os jornalistas portugueses e os blogues. O tema, salvo erro, não abunda na blogosfera, pelo menos tratado da forma como o jornalista do Expresso o faz aqui.

Querido constata que há uma nova vaga de jornalistas a aderir aos blogues e define quatro vagas temporais distintas. A primeira ocorreu entre 2002 e 2003. (O Travessias Digitais, que arrancou em 2005, aparece colocado na terceira vaga. Mas o Travessias, o blogue "pai" do Travessias Digitais, nasceu em 2003, portanto, na primeira vaga...)

O que é curioso, nota Paulo Querido, é que «praticamente nenhum jornalista português assume um blogue onde pratique a profissão. Quando muito, os mais aventureiros usam a ferramenta de uma forma complementar a algumas investigações que façam em assuntos específicos.»


A ler:
Os jornalistas e os blogues

1.8.07

Em quem confiar na Web?

Eles multiplicam-se a toda a hora: são os blogues, os sites de "jornalismo do cidadão", os de jornalismo "hiperlocal" ou "microlocal", os sites noticiosos publicados por todo o tipo de organizações que não empresas jornalísticas, etc..

Tudo isto é óptimo para a multiplicação de pontos de vista e para a diversificação de fontes. Mas, como assinala Steve Outing na sua última coluna na Editor & Publisher, esta sobreabundância tem o seu preço para os leitores: como saber em quem confiar? Como saber se a informação é correcta e equilibrada ou se está antes ao serviço de alguma "agenda" menos clara?

Para as empresas jornalísticas, isto também pode representar um problema, uma vez que cada vez mais acrescentam aos seus sites fontes ou vozes alternativas, como bloguistas convidados ou "cidadãos-jornalistas".

Outing propõe, por isso, uma solução: as empresas jornalísticas deviam começar a fazer um "ranking" das fontes alternativas que publicam, de forma a ajudar os seus leitores a saberem melhor o que estão a ler.

Para começo, a ideia não é má. Veremos se, na prática, tem pernas para andar.


A ler:
It Ain't Easy Knowing Who You Can You Trust

20.3.07

Bagdad: os cidadãos filmam

Vídeos feitos por "cidadãos-jornalistas" em Bagdad é o que nos propõe a revista online Salon.com, numa série de 35 episódios em que é mostrada a vida, numa perspectiva que não a jornalística profissional, naquela complicada zona de guerra.

Os episódios de Hometown Bagdad, que agora começam a ser mostrados no site, serão depois colocados num canal dedicado no YouTube, num videoblogue e em canais de televisão.


17.10.06

No Teatro Rivoli

Rui Rio e a Cultura têm umas contas de calculadora a ajustar. Mas isso não irá acontecer nesta vida. O "caso" Rivoli está neste ponto:

«A Câmara Municipal do Porto cortou a iluminação e colocou o ar condicionado no máximo do frio numa tentativa de acabar com o protesto de um grupo de actores e espectadores que se mantêm barricado há mais de 30 horas no Rivoli Teatro Municipal.»

O Publico.pt apanhou bem a polémica no ar e abriu um blogue, o No Teatro Rivoli. A provar que há boas ideias que ficam de graça.

9.10.06

Encontro de Weblogs no Porto

O 3º Encontro Nacional e 1º Encontro Luso-Galaico sobre Weblogs está à porta. Começa na próxima sexta-feira e termina no dia seguinte, no auditório da Reitoria da Universidade do Porto.

A ideia deste encontro, coordenado pelo meu colega Fernando Zamith, é «juntar investigadores, utilizadores e interessados em weblogs em Portugal e na Galiza» e tem como principal objectivo «contribuir para a exploração deste tema e fomentar o desenvolvimento de uma comunidade de reflexão e investigação transdisciplinar nesta área.»

Os principais oradores são José Luis Orihuela, Enrique Dans e Manuel Pinto. O programa pode ser lido aqui.

O encontro é organizado pelo Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação (CETAC.COM) da Universidade do Porto com o apoio da Licenciatura em Jornalismo e Ciências da Comunicação (LJCC) da mesma universidade.


P.S. Declaração de interesses: faço parte das comissões de organização e científica deste encontro.

4.8.06

Somos todos jornalistas?

Duas observações interessantes a reter do artigo Todos Somos Periodistas, disponível no EL PAIS.es:

Dan Gillmor, autor de Nós, os Media, considera que a imprensa tradicional vai continuar a ser necessária. Os bloguistas, diz, não querem (nem devem querer, diria eu) substituir os jornalistas. «O que acontece é que todos temos histórias para contar. E é inerente ao ser humano querer fazê-lo. Mas os jornalistas deveriam celebrar a participação dos cidadãos na criação de notícias e preocupar-se mais com o futuro da publicidade, já que vivem dos anunciantes e são estes os que realmente lhes podem causar danos procurando audiências em novas plataformas».

Nicholas Lemann, decano da Faculdade de Jornalismo da Columbia University, diz que que o jornalismo de cidadão ainda está longe de ser autêntico jornalismo, mas, potencialmente, «a Internet é o melhor meio que foi inventado para a reportagem».

A ler:
Todos somos periodistas
Amateur Hour. Journalism without journalists

2.9.05

Katrina: recursos online

Os leitores da Online Journalism Review resolveram criar uma lista de hiperligações para sítios profissionais e de cidadãos que estão a cobrir o furacão Katrina. Sitios noticiosos, blogues, listagens de pessoas desaparecidas, sítios de assistência a desastres, como a Cruz Vermelha, wikis (Katrina Help Wiki), sítios com informação de contexto (bases de dados, mapas, etc.). Uma boa ideia no meio da enorme catástrofe.

Entretanto, na Wikipedia, a enciclopédia livre da Internet, já está disponível uma entrada sobre o Katrina. E trata-se de uma entrada fabulosa, com muita informação relevante compilada. Faz-se uma exploração exaustiva de hiperligações, fornecendo-se ao mesmo tempo enquadramentos, estatísticas, efeitos económicos, etc.. No topo da entrada, um aviso à navegação: «Este artigo documenta um acontecimento em desenvolvimento. A informação pode mudar rapidamente.» Ou não estivessemos nós na Internet.

No Travessias: Katrina: NYT demole Bush

19.7.05

A 'videoblogosfera'

A onda dos videoblogues começa a ganhar dimensão e parece ter um potencial altamente promissor. O conceito do vlogue é muito simples: em vez de posts de texto, o videobloguista exibe excertos de vídeo.

Na revista Wired (dica do Ponto Media), pode ler-se um trabalho de Katie Dean sobre a emergência desta web trend, em que já se experimenta um pouco de tudo: o vereador de Boston que, no seu vlogue, responde a perguntas dos eleitores; um fulano que mostra como estrelar ovos num passeio escaldante; outro que conta histórias da sua terra natal; um outro que mostra o seu "show" noticioso diário; e há ainda o Clint Sharp, que exibe um programa semanal sobre tecnologia.

Na videoblogosfera (chamemos-lhe provisoriamente assim), tal como na blogosfera, vê-se muita criação individual que jamais passaria nos media audiovisuais tradicionais. Os vlogues, diz um analista citado na artigo da Wired, transformar-se-ão num complemento ao broadcasting tradicional.

Tendo em conta a experiência criativa e proveitosa dos blogues, não será difícil antever a explosão imaginativa que se adivinha à medida que a videoblogosfera se for expandindo e diversificando. O aperfeiçoamento do hardware e do software necessários aos vlogues tratarão, certamente, de facilitar a afirmação de novos talentos nesta área. Tal como aconteceu com os diários pessoais de papel, os vídeos caseiros passarão a ter um outro alcance, uma outra formatação, com a passagem para a Web.

A narrativa audiovisual, de muitas maneira balizada, por exemplo, nos canais de TV (que são media simultaneamente controlados e controláveis), ver-se-á liberta de quase todas as grilhetas. Os posts de vídeo serão o que os vloguistas quiserem, da forma que bem entenderem. Para o bem e para o mal, como nos ensina a história da Internet.

13.6.05

Blogues: jornalismo pós-moderno?

Vários autores defendem hoje que os blogues são uma nova forma de jornalismo que enfatiza a personalização, a participação da audiência na criação de conteúdo e formas de estórias que são fragmentadas e interdependentes com sites.

Para Melissa Wall, da California State University-Northridge, «estas características sugerem um afastamento da abordagem moderna tradicional do jornalismo em direcção a uma nova forma de jornalismo impregnada de sensibilidades pós-modernas.»

Num artigo escrito para a revista Journalism, (Volume 6, Número 2, Maio de 2005), Wall relata as conclusões de um estudo sobre blogues orientados para a notícia, durante a invasão do Iraque, na Primavera de 2003. A autora conclui que estes blogues representam um novo género de jornalismo, com um tipo de notícias mais conversacional, dialógico e descentralizado.

Wall sugere que os blogues podem mais abrangentemente ser entendidos como ‘jornalismo pós-moderno’, argumentando que, se o jornalismo tradicional do século XX é visto como um produto da modernidade, então as mudanças sociais dos últimos anos que levaram observadores a identificar um período de hipermodernidade ou pós-modernidade precisam de ser consideradas quando se fala do futuro do jornalismo.

18.4.05

Salaverría sobre ciberjornalismo

No sítio do Observatório da Imprensa, do Brasil, está disponível uma boa entrevista com Ramón Salaverría, professor da Universidade de Navarra e autor do recente livro Redacción Periodística en Internet.

A emergência de novos géneros jornalísticos, como a infografia interactiva e a reportagem multimédia, o estado da arte do ciberjornalismo em Espanha e noutros países, as dificuldades e oportunidades que a Internet oferece ao jornalismo, o fenómeno dos blogues, a especificidade da escrita jornalística online, de tudo um pouco se fala nesta conversa. Uma maneira óptima de actualizar, rápida e sucintamente, tópicos importantes do jornalismo feito na Web.