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15.9.11

Jornalistas de rádio e a Internet

Juntamente com os meus colegas Helena Lima, Nuno Moutinho e Isabel Reis, da Universidade do Porto, apresentei, na conferência "Radio Evolution", da European Communication Reasearch and Education Association (ECREA 2011, Braga, 14-16 de Setembro), o paper “Radio journalists and the Internet: A study on perceptions".

Este estudo procura avaliar a percepção que jornalistas portugueses de rádio têm sobre o impacto da Internet no jornalismo.

18.7.11

Os jornalistas e a Internet

Juntamente com os meus colegas Helena Lima, Nuno Moutinho e Isabel Reis, da Universidade do Porto, apresentei, na conferência da International Association for Media and Communication Research (IAMCR 2011, Istambul, 13-17 Julho), o paper "Print and radio journalists in Portugal: a comparative study on the influence of the Internet on journalism".

Este estudo procura avaliar e comparar a percepção que jornalistas portugueses de imprensa e de rádio têm sobre o impacto da Internet no jornalismo. Os resultados indicam que, quer os jornalistas de imprensa, quer os de rádio, tendem a encarar a Internet mais como uma ferramenta útil e prática no seu dia-a-dia e não tanto como um instrumento que reforce os papéis tradicionais do jornalismo e dos jornalistas, tais como vigiar os poderes instituídos, influenciar o debate público ou fornecer análise e interpretação sobre os factos.


Outras leituras:
The influence of the Internet on Portuguese press

13.12.10

Jornalistas de rádio e a Internet

Os jornalistas de rádio portugueses tendem a encarar a Internet mais como uma ferramenta útil e prática no seu dia-a-dia e não tanto como um instrumento que reforce os papéis tradicionais do jornalismo e dos jornalistas, tais como vigiar os poderes instituídos, influenciar o debate público ou fornecer análise e interpretação sobre os factos.

É esta a principal conclusão de um trabalho de investigação, realizado por mim próprio e pelos meus colegas Helena Lima, Isabel Reis e Nuno Moutinho, apresentado no recente II Congresso Internacional de Ciberjornalismo.


23.7.10

A Internet e os jornalistas de imprensa

Juntamente com os meus colegas Helena Lima e Nuno Moutinho, da Universidade do Porto, apresentei, ontem, na conferência da International Association for Media and Communication Research (IAMCR 2010, Braga, 18-22 Julho), o paper "The Influence of the Internet on Portuguese Press".

Este estudo procura avaliar a percepção que os jornalistas de imprensa portugueses têm sobre a influência da Internet no jornalismo, em vertentes como as práticas, os papéis e a ética.

16.6.10

Sobre meios sem jornalistas e hipervelocidade

As perguntas e questões que se seguem são pouco colocadas ou sujeitas a debate crítico e não cabem em 140 caracteres:

«Não serão reais as ameaças ao espírito crítico quando os utilizadores, graças às novas tecnologias da informação (tecnologia push), poderão já não receber senão os conteúdos personalizados que respondem às suas necessidades específicas? E devemos realmente ficar contentes por ver, com a Web 2.0, desenvolver-se, de forma crescente, os "meios sem jornalistas" e, de modo mais amplo, sem intermediários nem mecanismos de controlo e de filtragem? Que espaço público de discussão e deliberação está em marcha quando uma forte tendência dos cibernautas os leva a preferir trocar informações com os que pensam como eles em vez de participar em debates polémicos? São aspectos que mostram, de forma evidente, que o progresso no uso da razão individual não se fará automaticamente pelos "milagres" da Rede.»

«Ao comprimir o tempo ao extremo e ao abolir as coerções do espaço, o ecrã em rede instaura uma temporalidade imediata, gerando a intolerância à lentidão e a exigência de um tempo mais eficiente. Se isso possibilita uma maior autonomia pessoal na organização do tempo, também amplifica a sensação de urgência e de viver sob hipertensão temporal. Por um lado, aumenta a capacidade de construir modos mais personalizados de usar o tempo; por outro, desenvolve-se uma forma de escravização sob o tempo da hipervelocidade.»

in O Ecrã Global, de Gilles Lipovestky e Jean Serroy

24.7.09

Contra a "felicidade" online

Ora, com a vossa licença, aqui vai uma citação do contra:

«Não precisamos de procurar muito longe para vermos a nossa cultura artificial em acção. Graças à era digital, é mais provável que experienciemos pixels do que pessoas. Passamos horas à frente dos nossos PC a brincar nos campos insubstanciais da realidade virtual. Nos corredores infinitos da internet, encontramos páginas mais interessantes do que os passeios matinais, brilhantes de orvalho, da aranha do jardim. Na verdade, tratamos a nossa máquina como se fosse um órgão e os nossos órgãos como se fossem máquinas. O nosso computador pode ser «amigo do utilizador». Pode-lhe aparecer um «vírus». Entretanto, fazemos «interfaces» com os nossos colegas. «Processamos» ideias.»

Eric G. Wilson, in Contra a Felicidade

29.5.09

Sem tempo para pensar

O título do livro é suficientemente estimulante para nos despertar a curiosidade: No Time to Think: The Menace of Media Speed and the 24-Hour News Cycle. Como todos os livros que se metem com os média e com os jornalistas, está a dar grande polémica nos EUA. E ainda bem.

A tese dos autores, dois norte-americanos, Charles Feldman e Howard Rosenberg (este já ganhou um prémio Pulitzer), pode não ser nova, mas não peca por falta de pontaria: os média estão a andar cada vez mais depressa e não conseguem parar para pensar no que estão a fazer.

Feldman e Rosenberg, ambos jornalistas veteranos, apontam factores, resumidos por Elisabete de Sá, no Jornal de Negócios, de agravamento do estado de coisas, no qual as tecnologias desempenham também o seu papel:

  • a velocidade crescente com que os média processam informação
  • a voracidade com que correm ao minuto atrás de rumores em blogues e no Twitter e os replicam sem confirmar a autenticidade dos factos
  • a crescente pressão para fazer cada vez mais e mais rápido
  • o sensacionalismo fácil que vende apenas soundbytes a troco de audiências
Tudo isto é conhecido há muito, tem custos pesados para a qualidade e credibilidade do jornalismo, e há muito que é olimpicamente ignorado pela generalidade dos média noticiosos. Por isso, convém que, de vez em quando, haja quem esteja disposto a dizer que o rei, se não vai nu, segue cada vez com menos roupa.


A ler:
É o jornalismo "bang bang: um tiro e já está
Blogue de No Time to Think

14.1.09

Ciberjornalismo em documentário

Um grupo de doutorandos em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais (Universidades de Aveiro e Porto) produziu um pequeno documentário sobre ciberjornalismo e media participativos. O trabalho, interessante, raro e pedagógico, pode ser visto agora no YouTube.

16.6.08

A caminho da "redacção transparente" ?

«Nós convidamos o público, os cidadãos, a entrar na redacção, nas nossas conversas e até no nossos processos de tomada de decisão». Assim resume Steve Smith, editor do Spokesman-Review, diário publicado em Washington, o conceito de «redacção transparente» (que contropõe à tradicional «redacção fortaleza») implementado no seu jornal.

As pessoas querem fazer parte da conversa. Muitos jornais sabem-no há muito, mas sentem dificuldades em levar esse tipo de participação à prática, pois obriga a algumas mudanças drásticas. A começar pela que envolve a mentalidade dos jornalistas.

Este pequeno vídeo foi apresentado durante a recente reunião da World Association of Newspapers, em Gotemburgo, e ilustra uma postura que, creio, vai encontrar muitas resistências nas redacções por esse mundo fora.

6.6.08

O New York Times é móvel

Michael Zimbalist, chefe do departamento de Investigação & Desenvolvimento da empresa proprietária do New York Times, falou à Beet.Tv sobre a aposta decidida do jornal em tudo o que é móvel, área em que as visitas têm vindo a disparar.

Zimbalist mostra-se especialmente interessado nas dinâmicas que se podem estabelecer entre o móvel e o jornal impresso, que poderá tornar-se numa espécie de digest de todo o tipo de conteúdos digitais disponíveis.

Passo ainda mais arrojado: o New York Times já está trabalhar na adaptação do jornal à chamada Web semântica sonhada por Berners-Lee. A ideia é produzir cada vez mais "conteúdo inteligente", enriquecido com todo o tipo de metadados (fotográficos, geográficos, etc.).

24.5.08

A Internet vista pelo psiquiatra

«A Internet é um espaço ilimitado, no qual se despeja tudo e do qual nunca se tira nada: é o despejo dos dados, uma acumulação de coisas desordenadas e, nesta altura, pautada por uma tal abundância excessiva que uma pessoa se cansa à procura do que precisa, sobretudo se essa pessoa não tiver uma preparação e uma cultura capazes de a ajudarem a discernir o que é bom do simples lixo. Mas, antes do problema da qualidade, põe-se o problema da quantidade, uma espécie de bulimia de dados, de notícias a inserir e a fazer existir.»

Vittorino Andreoli, in O Mundo Digital

(dica de Naná)

1.5.08

"Blogar" já era?

"Blogar" estará em vias de passar de moda? Alguns gurus de ponta acham que sim, já estamos a caminho disso. Por uma razão simples: o que o povo do ciberespaço quer cada vez mais é conversa em rede social e menos monólogo em espaço blogue.

MySpace, Facebook, Hi5, Bebo, Ning, Twitter, Tumblr, FriendFeed estão a tornar os simples "posts" e comentários aos "posts" algo sobremaneira estático, pouco dinâmico, num contexto comunicacional frenético, não poucas vezes compulsivo, sempre online, ao segundo e de preferência em 140 caracteres (um dia destes ainda descobrimos os adolescentes de regresso ao código morse, enviando traços e pontos de satisfação ou raiva uns aos outros...).

Stowe Boyd, um dos bloguistas mais respeitados em São Francisco e Silicon Valley: «As conversas estão a mudar de uma forma estática e lenta - os comentários às entradas de blogues - para uma forma mais dinâmica e rápida no fluxo de Twitter, Friendfeed e outros.»

Jonathan Schwartz, da Sun Microsystems, mais directo: «Chegará o momento em que a palavra blogar se torne anacrónica.»

Vamos estando atentos.


A ler:
Demasiados monólogos en los 'microblogs'
La fijación de menores con Internet desconcierta a padres y educadores

3.4.08

Ciberjornalismo incerto

O Ciberp@ís destaca hoje algumas, breves, conclusões de um encontro à porta fechada, no âmbito do recente Congresso de Periodismo Digital, em Espanha, entre directores de diversos meios online de primeira linha.

O documento resultante da reunião, em que se discutiu o futuro do jornalismo na Internet, novos modelos e integração de redacções, aponta num sentido: incerteza.

Ficou patente a desorientação que impera quanto à integração de redacções de papel e Web, bem como quanto a novos formatos e formas de rentabilizar as edições online (um calcanhar de Aquiles clássico no ciberjornalismo). Ficou claro que «há mais intuições que certezas, mais tentativas que acertos.»


A ler:
La incertidumbre domina el debate en el Congreso de Periodismo Digital

2.3.08

Entrevista em O Lago II

No blogue O Lago, entrevista (versão completa) que concedi a Alexandre Gamela.

Sobre o défice crítico em relação à Internet

Mesmo antes de se passar à leitura da sua argumentação, Lee Siegel, autor do livro, a contracorrente, Against the Machine, tem razão na formulação a priori: faltam ideias que escapem ao "pensamento único" sobre a Internet.

A discussão fica para mais tarde. Para já, algumas frases da entrevista, publicada no último suplemento Digital, do Público, e cuja leitura é obrigatória:

«Todos sabemos como a Internet é óptima, mas ninguém quer falar sobre o seu lado negro. Ninguém fala sobre a Internet no contexto da cultura e da sociedade.»

«Os sites dos jornais têm todos listas das notícias mais enviadas por email, as mais populares, as mais "blogadas"... mas as notícias mais importantes não são necessariamente as mais populares (...). Agora, a pressão dos leitores está a dar cabo do discernimento dos editores sobre o que é popular e o que é importante.»

«É preciso que os jornais contratem gente para fazer crítica da Internet. É preciso estigmatizar alguns comportamentos nocivos, como o anonimato malicioso. É preciso que as pessoas falem disto.»

É preciso, sim senhor.

6.1.08

Castells: "o poder tem medo da Internet"

«Porque Internet es un instrumento de libertad y de autonomía, cuando el poder siempre ha estado basado en el control de las personas, mediante el de información y comunicación. Pero esto se acaba. Porque Internet no se puede controlar.

Manuel Castells, em entrevista a El País

28.12.07

O ardina electrónico

Numa altura em que abundam os móveis e telemóveis prognósticos tecnológicos para 2008, e em que a imprensa parece uma barata tonta com a pancada dada pelos gratuitos, nada como embelezar a memória relembrando um exercício prospectivo feito, há 37 anos, pelos japoneses da Toshiba.

«Será desta maneira que vai receber o seu jornal no futuro?» A imagem mostra um jornal de papel a sair do interior de uma caixa parecida com um rádio.

É uma pequena pérola esta foto, datada de 1970. O «ardina electrónico» era mais prosaicamente identificado como «facsimile receiver». Imprimia ambos os lados da folha simultaneamente em seis minutos.

Quase quatro décadas depois, ainda andamos às voltas com ciberquiosques e «ardinas electrónicos» a fornecerem-nos os jornais na Web em formato PDF para imprimir.

13.12.07

Novas técnicas, novas frustrações

«Depois da explosão da Internet, tudo se acalmará porque o dia tem 24 horas e as necessidades de comunicação do ser humano não se satisfazem completamente. Vamos atrás de um sonho. A comunicação humana é difícil e é um erro pensar que só a técnica ajudará a melhorá-la. Não é verdade. Criamos novas técnicas e nascem novas frustrações sobre as nossas expectativas de comunicação.»

Dominique Wolton, Ciberp@ís

Travessias na memória sobre Dominique Wolton:
Ser individual
Pensar a técnica


7.12.07

Jornalistas, fontes e a Internet

O jornalista Rui Gomes defendeu, anteontem, na Universidade Nova de Lisboa, a sua tese de mestrado (que tive o prazer de arguir), intitulada A importância da Internet no relacionamento entre jornalistas e fontes de informação.

O tema é bastante interessante e pouco estudado em Portugal. Rui Gomes procurou saber como a Internet está a ser usada por jornalistas portugueses de imprensa, rádio e televisão. Chegou a algumas conclusões que vale a pena reter:

* A quase totalidade dos jornalistas inquiridos tem uma opinião «extremamente positiva» sobre a Internet, o que leva, segundo o autor do estudo, a uma visão «cor-de-rosa» do meio e a uma confiança excessiva no material encontrado online.

* Quase 90 por cento dos jornalistas inquiridos utilizam a Internet nas suas peças jornalísticas. O uso é menor por parte dos jornalistas de televisão.

* O email é utilizado por 72.83 por cento como ferramenta para encontrar e contactar fontes de informação.

* A maioria considera que a Internet facilita o seu trabalho, melhora a qualidade do mesmo e torna as notícias mais diversas.

* A facilidade de contacto com fontes é uma das vantagens da utilização da Internet destacadas com particular relevo na imprensa.

* Os newsgroups são pouco utilizados pelos jornalistas dos três meios, enquanto os blogues são mais utilizados pelos jornalistas de imprensa.

* Os jornalistas de imprensa defendem que a fixação dos jornalistas nas redacções é um facto (sedentarização do jornalismo, tendência que preocupa Rui Gomes), enquanto os jornalistas de rádio discordam totalmente.


A tese, na qual Rui Gomes defende que «a Internet mudou a forma como se faz jornalismo e a própria profissão», irá agora ser publicada em livro.