20.12.06

Show de fotografia no MSNBC.com

É um slide show de se lhe tirar o chapéu. O site MSNBC.com montou com uma selecção das fotos do ano. As imagens são brilhantes. Algumas delas (Bagdad...) são fortes. O conjunto é uma delícia, como fotos da actualidade, desporto, espaço. O leitor é convidado a escolher a melhor.

Tudo parece estar no sítio certo com o ritmo apropriado: o áudio do comentário, as legendas que acompanham as fotos, o design, a montagem (em Flash, claro). Como diria, em conciso inglês, a Mindy McAdams: «Exceptional picture editing. Stunning presentation. Brilliant pacing.»

Nem mais.

19.12.06

Jornais sociais

Em declarações ao Público, edição de hoje, a propósito da última capa da revista Time, defendo que os media tradicionais devem estar bem atentos ao que se passa na chamada Web 2.0. Títulos de referência, como El Pais e New York Times, por exemplo, dão claros sinais de que não estão à espera que o futuro lhes caia em cima de repente.

O New York Times acaba de disponibilizar, em certas notícias, links para agregar o seu conteúdo em alguns sites sociais, como Digg ou Newsvine (dica de Jornalismo & Internet). Desde a última remodelação, ELPAIS.com passou a fazer o mesmo (del.icio.us, Technorati, Digg, etc.).

Por outras palavras: o tempo das "cartas do leitor" já passou à história. A maior parte dos jornais é que ainda não deu por isso.

18.12.06

Time escolhe-o para pessoa do ano

A revista Time já escolheu a pessoa do ano: você. «Sim, você. Você controla a Era da Informação. Bem-vindo ao seu mundo.»

14.12.06

Um diamante multimédia

Um fotojornalista andou por África, Índia, Europa e EUA no rasto das rotas dos diamantes. O site noticioso MSNBC.com agarrou nas fotos e montou um "pacote" multimédia, em Flash, digno de ser visto com atenção.

A produção de A Diamond's Journey exigiu: um produtor multimédia sénior, um produtor de interactividade, um designer sénior, um designer de infografia digital, um director de multimédia, um director de interactividade, e um director de arte.

Ali para os lados do MSNBC.com não se brinca em serviço.

12.12.06

A imprensa digital que se segue

A edição de 2007 do Livro Branco da Imprensa Diária espanhola foi apresentada, ontem, em Madrid. O professor universitário Ramón Salaverría escreveu um dos capítulos. Logo a abrir, faz uma síntese, com a qual concordo inteiramente, dos tempos que correm:

«Os diários aproximam-se da mudança mais importante da sua história: o momento em que o papel, acossado por novas formas de consumo informativo de uma nova geração de leitores, deverá dar o lugar ao suporte digital. Isto não significará necessariamente que os diários de papel desapareçam, mas sim que percam a sua actual hegemonia editorial e publicitária a favor de novas modalidades de publicação digital difundidas através da Internet e de outras redes móveis. Em consequência, poucas questões são tão prioritárias para os diários como preparar-se adequadamente para essa mudança de modelo. Apesar disso, cumprida já mais de uma década desde que os primeiros jornais irromperam na Internet, os diários titubeiam ainda na hora de encarar as suas operações editoriais na rede.»

Os directores dos jornais portugueses, e não só, talvez não perdessem nada se, nos próximos tempos, pusessem este Livro Branco no topo das prioridades de leitura.

4.12.06

Seres digitais

Nada que surpreenda por aí além: os meios de comunicação digitais já são os mais utilizados entre a população mundial, que lhes dedicam mais horas semanais que à televisão, à rádio, aos jornais ou ao cinema.

Segundo o estudo Digital life 2006, da União Internacional de Telecomunicações, as comunicações são cada vez «mais digitais, mais móveis e mais largas».

Também não surpreende que sejam os jovens com menos de 18 anos os que mais se agarram aos média digitais em detrimento dos "analógicos", leia-se, televisão, rádio, jornais, etc..

É exactamente por aqui que o desenho da estratégia dos média deve começar. Sob pena de os raios catódicos, o papel, as ondas hertzianas ou o grande ecrã passarem num ápice à condição ingrata de irrelevância.

Aquele "velho" conceito de mediamorfose, de Roger Fidler, faz cada vez mais sentido.

1.12.06

Desinvestigação jornalística

Felícia Cabrita, na SIC Notícias: nos EUA, um jornalista de investigação pode passar um ano atrás de uma estória: em Portugal, ao fim de três/quatro meses começam a chamar-lhe «calaceiro».