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23.2.11

Ciberjornalismo na "Jornalismo & Jornalistas"

No número acabado de sair da revista Jornalismo & Jornalistas (JJ), Luís Bonixe assina um trabalho notável sobre o II Congresso Internacional de Ciberjornalismo, que decorreu na Universidade do Porto, em Dezembro passado. O tema forte do congresso, recorde-se, foi os modelos de negócio no ciberjornalismo, nomeadamente em Portugal. É também um dos temas de capa deste número da JJ.

Mais há mais de ciberjornalismo nesta JJ: um trabalho de Sónia Santos Silva sobre a Web TV em Portugal.

A não perder também a entrevista a Carla Baptista e Fernando Correia sobre a história do jornalismo português, uma (importantíssima) história que «está por fazer».


A ler:
Jornalismo & Jornalistas, nº 45, Jan/Mar 2011 (em pdf)

27.1.11

Notícias sobre "Origens e evolução do ciberjornalismo"

No blogue Indústrias Culturais, Rogério Santos escreve um post sobre o meu recente livro Origens e evolução do ciberjornalismo em Portugal: Os primeiros quinze anos (1995-2010).

Também o Sindicato dos Jornalistas publica, no seu site, uma notícia sobre o livro.

12.12.10

Entrevista ao JN sobre história do ciberjornalismo

O Jornal de Notícias publica, na edição de hoje, uma entrevista que Helena Teixeira da Silva me fez a propósito do lançamento do meu livro Origens e evolução do ciberjornalismo em Portugal. A entrevista intitula-se "Jornalismo é o grande perdedor do ciberespaço".

9.11.10

Público reforça publico.pt

O Público vai duplicar o número dos seus ciberjornalistas. Ainda bem. Embora tardia, a decisão é acertada. O publico.pt tem vindo a perder gás (e ciberjornalistas) nos últimos anos, enquanto alguma da sua concorrência online tem arregaçado as mangas, em particular no investimento em meios humanos e narrativas multimédia.

Uma frase a reter do texto publicado, ontem, no jornal: «O grande desafio dos jornais de referência, hoje, é crescer no online ao mesmo tempo que mantêm a qualidade do jornal impresso.»

Só mudaria ali uma ideia: é preciso aumentar a qualidade do jornal impresso.


A ler:

PÚBLICO reforça equipa online

24.9.10

Sobre os jornais pioneiros na Web

Nalguns blogues, como o do Paulo Querido, do Rogério Santos e do Pedro Jerónimo, bem como noutros espaços da Web (Twitter, Facebook), segue uma discussão interessante à volta do pioneirismo dos média portugueses na Web. Tudo porque o Público reclamou para si, em editorial, o estatuto de "o pioneiro" do jornalismo na Internet, algo que, em rigor, não corresponde à verdade.

Deixo aqui o meu contributo para o debate e possível esclarecimento, convidando à leitura da comunicação que apresentei, o ano passado, no Congresso da SOPCOM, intitulado "Da implementação à estagnação: os primeiros doze anos de ciberjornalismo em Portugal".

Para quem, eventualmente, estiver interessado em entrar numa leitura bastante mais pormenorizada sobre este assunto, em particular sobre o nascimento do JN online e da primeira redacção digital no país, sugiro a leitura do capítulo 5 do livro que publiquei em 2000, Jornalismo Electrónico: Internet e Reconfiguração de Práticas na Redacções.

Alguns excertos:

«No dia 26 de Julho de 1995 era inaugurada a edição electrónica na World Wide Web do Jornal de Notícias. Logo nos primeiros dias online, foram recebidas em catadupa mensagens electrónicas de felicitações provenientes de vários países. Sobretudo emigrantes radicados nos Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e França manifestaram-se bastante satisfeitos por poderem ler notícias do dia, actualizadas, sobre o seu país de origem e, em muitos casos, da sua própria cidade natal.»

«Em Setembro de 1995, dois jornalistas - um da secção Política e outro da Nacional (Helder Bastos e Nuno Marques) - foram destacados para trabalhar diariamente e em exclusivo no JN digital. Os elementos foram escolhidos com base na sua familiaridade com o mundo dos computadores. Um deles tinha uma ligação à Internet em casa e o outro era conhecido pela sua proficiência no campo da informática. Estava dado, desta forma, o primeiro passo para o nascimento do jornalismo digital no diário portuense centenário, não sem que se notassem algumas resistências à novidade, em particular por parte dos editores das secções de onde os dois jornalistas foram retirados»

«O perfil do jornal electrónico foi sendo moldado através da discussão e troca de ideias entre jornalistas, técnicos e pessoal ligado ao sector comercial, reunindo consenso, desde o primeiro momento, o pressuposto de que, preferencialmente, o modelo online deveria afastar-se do modelo de papel de forma a cimentar uma identidade própria, adaptada às características e linguagens do novo meio, o que ia de encontro, aliás, ao que especialistas de vários países na matéria defendiam na altura.»

17.4.10

No baú da TSF Online

Duas peças, em áudio, retiradas do baú da história recente do ciberjornalismo em Portugal. A primeira data de 2001. Resumo: «O Cyberjornalismo, ou jornalismo para a Internet, é uma actividade em expansão. Objecto de estudos universitários, eis que surge um deles realizado em Portugal sobre dois locais de notícias na Net em Português, e, claro publicado na Internet» (ouvir).

A segunda é de 2003: «Pouco a pouco, mas vai-se instalando. O jornalismo on-line já não é só uma extensão do jornalismo para papel e vai criando características próprias.» (ouvir).

Como dizia aquele anúncio da Kodak, é para mais tarde recordar.

10.3.10

Os primeiros 15 anos de ciberjornalismo


Estes são os slides da comunicação que apresentei, na passada quinta-feira, na conferência "15 anos de Jornalismo Online em Portugal", promovida pela Universidade da Beira Interior. Trata-se de uma breve panorâmica sobre os acontecimentos mais relevantes dos primeiros quinze anos de história do ciberjornalismo em Portugal.


A ler:
"Da implementação à estagnação: os primeiros doze anos de ciberjornalismo em Portugal"
"Ciberjornalismo: dos primórdios ao impasse"

9.3.10

Chegou o gestor de comunidades

Numa altura em que o Facebook e o Twitter registam um crescimento alucinante, é digna de nota esta tendência em afirmação no primeiro trimestre do ano: os média despertam para o potencial (poder?) das redes sociais e criam um novo cargo: gestor de comunidades. O cargo já existe há algum tempo em média estrangeiros. Recentemente, foi estabelecido, pelo menos, no Público, no "i" e no IOL.

Que faz um gestor de comunidades? «O objectivo é dar a conhecer o que de melhor fazemos, assegurar uma maior interacção entre os jornalistas e o público e, ao mesmo tempo, fortalecer estas marcas nas redes sociais, promovendo a discussão e o debate de ideias», explica Luísa Melo, subdirectora do IOL e gestora de comunidades dos sites editoriais do grupo.


A ler:
MC Multimedia com gestor de comunidades
Público com gestor de comunidades
O editor de redes sociais (The New York Times)

2.3.10

15 anos de jornalismo na Web em Portugal

A Universidade da Beira Interior decidiu, em boa hora, assinalar a passagem dos primeiros 15 anos de ciberjornalismo em Portugal. Depois de amanhã, vários académicos e profissionais do jornalismo vão juntar-se na Covilhã para fazer o balanço e traçar perspectivas para o futuro na conferência "Jornalismo na Web em Portugal, 15 anos".

21.4.09

Para a história do ciberjornalismo em Portugal

A comunicação que apresentei no VI Congresso da SOPCOM, que decorreu, há dias, na Universidade Lusófona, em Lisboa, está disponível online, em formato pdf. Intitula-se "Da implementação à estagnação: os primeiros doze anos de ciberjornalismo em Portugal".

O resumo é o seguinte:

«Neste paper é proposta uma divisão global em três fases da história dos primeiros doze anos do ciberjornalismo em Portugal: a da implementação (1995-1998), a da expansão ou “boom” (1999-2000) e a da depressão seguida de estagnação (2001-2007).

A primeira fase abarca os anos de implementação de edições electrónicas de media tradicionais na Web. É uma fase experimental, hesitante, dominada pelo modelo "shovelware": os jornais abrem os respectivos sites para neles reproduzirem os conteúdos produzidos para a versão de papel, as rádios transmitem na Web o sinal hertziano, as televisões os seus telejornais.

A fase do “boom”, a do optimismo empresarial, porventura exagerado, é marcada pelo aparecimento dos primeiros jornais generalistas exclusivamente online, como o Diário Digital e o Portugal Diário.

A fase da depressão, a do início do fim de uma certa ilusão, é marcada pelo encerramento de sites, cortes em pessoal e redução das despesas. A “bolha digital” rebentara e o investimento publicitário decaíra. Seguir-se-ia um período de estagnação generalizado, de reduzido investimento a todos os níveis, pontuado por alguns investimentos a contracorrente.»

6.5.08

Ciberjornalismo: Observatório e Congresso Internacional






Creio que este pequeno post vai ficar na história do ciberjornalismo em Portugal:


"Nasceu o ObCiber - Observatório do Ciberjornalismo

5 Maio 2008

É hoje inaugurado, com este post, o Observatório do Ciberjornalismo (ObCiber), estrutura do CETAC.media que visa observar e analisar, regularmente, a evolução do Ciberjornalismo em Portugal e no Mundo.


Foi publicado no site do agora criado Observatório do Ciberjornalismo, onde se pode ler informações (organização, datas, call for papers, etc.) do I Encontro Internacional de Ciberjornalismo, a decorrer nos dias 11 e 12 de Dezembro próximos, nas instalações do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

Não vou tecer considerações sobre a importância e a relevância, quer da criação do ObCiber, quer do congresso, por estar directamente envolvido nas iniciativas. Mas lá que apetecia...

28.12.07

O ardina electrónico

Numa altura em que abundam os móveis e telemóveis prognósticos tecnológicos para 2008, e em que a imprensa parece uma barata tonta com a pancada dada pelos gratuitos, nada como embelezar a memória relembrando um exercício prospectivo feito, há 37 anos, pelos japoneses da Toshiba.

«Será desta maneira que vai receber o seu jornal no futuro?» A imagem mostra um jornal de papel a sair do interior de uma caixa parecida com um rádio.

É uma pequena pérola esta foto, datada de 1970. O «ardina electrónico» era mais prosaicamente identificado como «facsimile receiver». Imprimia ambos os lados da folha simultaneamente em seis minutos.

Quase quatro décadas depois, ainda andamos às voltas com ciberquiosques e «ardinas electrónicos» a fornecerem-nos os jornais na Web em formato PDF para imprimir.

19.9.07

'Ciberjornalismo: dos primórdios ao impasse'

Na revista Comunicação e Sociedade, vol. 9-10, pp. 103-112, pode ser lido o texto, da minha autoria, Ciberjornalismo: dos primórdios ao impasse.

Resumo
«Os primeiros avanços no campo do jornalismo digital, em Portugal, têm sido lentos e assinalados por uma série de frustrações, algumas delas devido a expectativas utópicas em relação à viabilidade de alguns projectos. Contudo, e apesar de alguns obstáculos, novos desafios são impostos aos jornalistas profissionais. Destes espera-se que sejam capazes de lidar com as novas ferramentas da Internet e que contem as suas estórias usando novos recursos, tal como arranjem uma nova lógica para construírem os seus artigos. Começa a cimentar-se nos académicos que se debruçam sobre os media a ideia de que a formação de jornalistas especificamente para a área digital deve seguir regras diferentes, especialmente no que diz respeito a estórias em hipertexto e competências técnicas. O grande desafio deverá ser a formação de estudantes que pratiquem esta modalidade de jornalismo, sempre com o necessário equilíbrio entre as aptidões técnicas e a consciência ética e valores profissionais.»

3.5.07

Jornais, anos 40

É um mini-documentário de dez minutos que vale o seu peso em ouro histórico e jornalístico. Como funcionava um jornal nos anos 40? Como se dividiam as secções? Como trabalhavam os repórteres no terreno, todos vestidos à Humphrey Bogart? Em que secções eram colocadas as mulheres jornalistas? Como era usada a informação das agências? Como eram impressos os jornais?

E depois vemos a impressão a chumbo, as linotypes, as velhinhas e românticas máquinas de escrever, imagens que nos remetem logo para "Citizen Kane: O Mundo a Seus Pés", de Orson Welles, um filme contemporâneo deste mini-documentário.

No final, o narrador deixa uma frase lapidar: «Se não gostar de escrever, você não será feliz no jornalismo.» Lindo.


(dica de Jornalismo & Internet)

22.11.05

Jornalistas online em Portugal

Cumprida a primeira década de história do jornalismo na Internet em Portugal, os jornalistas online portugueses são contituídos maioritariamente por profissionais entre os 26 e os 35 anos de idade, em início de carreira, sendo que as mulheres estão em maioria. Poucos receberam formação específica no ensino superior. Utilizam pouco a narrativa hipermédia.

Estas são algumas das conclusões que resultaram de um inquérito feito a 79 jornalistas (com 54 respondentes) por João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior. E o panorama geral não parece lá muito animador.

Canavilhas põe o dedo na ferida quando, ao procurar explicar, por exemplo, «a integração hipermédia quase inexistente, fraca utilização do hipertexto e aposta nas notícias de última hora, num modelo muito semelhante ao das agências de notícias», refere que «por detrás desta realidade parece estar a dificuldade em encontrar um modelo de negócio que viabilize as publicações online.» Ora, é precisamente aqui que o negócio empanca, impedindo a ascenção do ciberjornalismo português à "primeira divisão".

Esperemos, pois, por melhores dias.


A ler:
Os jornalistas online em Portugal

7.5.05

Imprensa: a crise dos quatrocentos

Os bons velhos jornais de papel estão a atravessar aquilo a que poderíamos chamar a crise dos quatrocentos anos. Em países como os Estados Unidos, a queda nas vendas tem sido constante nas duas últimas décadas. Em vários outros países verificam-se tendências semelhantes. Portugal é uma excepção: tem índices de leitura extraordinariamente baixos e as oscilações nas vendas não têm sido muito significativas.

O que chama a particular atenção na notícia "Jornais caem nos EUA", que o Expresso publica hoje, é a reacção do magnata dos media Rupert Murdoch. Ele diz que os jornais têm de se adaptar às novas realidades, ao mesmo tempo que acusa os jornalistas de não encararem este problema de frente. Os reparos, em si, são pertinentes. Resta saber é o que escondem em termos de passagem à acção de um homem que conhecido por transformar alguns dos seus jornais e televisões em instrumentos de influência política, normalmente a favor de conservadores, com Bush à cabeça. Vide a Fox News... Talvez por isso prefira falar em "indústria de informação" (uma provocação de um comerciante, evidentemente...) em vez de imprensa.

Por outro lado, e aqui, sim, acerta tarde mas em cheio, Murdoch defende a dinamização do sites dos jornais, «ultrapassando o mero espelho das edições impressas, com notícias mais viradas para os leitores, comentários que os tornem quase "blogs" e aproveitando melhor as possibilidades de imagem e som». Nada que não tenha sido defendido nos últimos dez anos por quem acompanha de perto o ciberjornalismo. Mas, enfim, nunca é tarde para começar a trabalhar a sério.

Disto resulta que no mundo dos jornais começa a ganhar consistência a percepção, por parte do topo da hierarquia de grandes grupos de comunicação, de que é na Internet que está uma das respostas mais sérias para o futuro da imprensa tradicional. Mas o que se torna necessário que compreendam é que muita coisa terá que mudar para que os velhos jornais não pareçam mesmo "velhos" no ciberespaço. Será necessário reforçar o volume de investimentos em meios técnicos e humanos, adaptar os conteúdos aos formatos e linguagens da Web, hipertextualizar as narrativas jornalísticas, formar ciberjornalistas, alargar espaços de participação dos leitores, e, acima de tudo, estar permanentemente aberto às mudanças em curso.

Se tudo se mantiver como até agora, com um abismo a separar os grandes discursos sobre a era digital da concretização de projectos jornalísticos online como deve ser, a imprensa pode, de facto, vir a viver dias muito difíceis nas próximas décadas.


Memória: há 400 anos, em Anvers...