Nalguns blogues, como o do Paulo Querido, do Rogério Santos e do Pedro Jerónimo, bem como noutros espaços da Web (Twitter, Facebook), segue uma discussão interessante à volta do pioneirismo dos média portugueses na Web. Tudo porque o Público reclamou para si, em editorial, o estatuto de "o pioneiro" do jornalismo na Internet, algo que, em rigor, não corresponde à verdade.
Deixo aqui o meu contributo para o debate e possível esclarecimento, convidando à leitura da comunicação que apresentei, o ano passado, no Congresso da SOPCOM, intitulado "Da implementação à estagnação: os primeiros doze anos de ciberjornalismo em Portugal".
Para quem, eventualmente, estiver interessado em entrar numa leitura bastante mais pormenorizada sobre este assunto, em particular sobre o nascimento do JN online e da primeira redacção digital no país, sugiro a leitura do capítulo 5 do livro que publiquei em 2000, Jornalismo Electrónico: Internet e Reconfiguração de Práticas na Redacções.
Alguns excertos:
«No dia 26 de Julho de 1995 era inaugurada a edição electrónica na World Wide Web do Jornal de Notícias. Logo nos primeiros dias online, foram recebidas em catadupa mensagens electrónicas de felicitações provenientes de vários países. Sobretudo emigrantes radicados nos Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e França manifestaram-se bastante satisfeitos por poderem ler notícias do dia, actualizadas, sobre o seu país de origem e, em muitos casos, da sua própria cidade natal.»
«Em Setembro de 1995, dois jornalistas - um da secção Política e outro da Nacional (Helder Bastos e Nuno Marques) - foram destacados para trabalhar diariamente e em exclusivo no JN digital. Os elementos foram escolhidos com base na sua familiaridade com o mundo dos computadores. Um deles tinha uma ligação à Internet em casa e o outro era conhecido pela sua proficiência no campo da informática. Estava dado, desta forma, o primeiro passo para o nascimento do jornalismo digital no diário portuense centenário, não sem que se notassem algumas resistências à novidade, em particular por parte dos editores das secções de onde os dois jornalistas foram retirados»
«O perfil do jornal electrónico foi sendo moldado através da discussão e troca de ideias entre jornalistas, técnicos e pessoal ligado ao sector comercial, reunindo consenso, desde o primeiro momento, o pressuposto de que, preferencialmente, o modelo online deveria afastar-se do modelo de papel de forma a cimentar uma identidade própria, adaptada às características e linguagens do novo meio, o que ia de encontro, aliás, ao que especialistas de vários países na matéria defendiam na altura.»
Para quem, eventualmente, estiver interessado em entrar numa leitura bastante mais pormenorizada sobre este assunto, em particular sobre o nascimento do JN online e da primeira redacção digital no país, sugiro a leitura do capítulo 5 do livro que publiquei em 2000, Jornalismo Electrónico: Internet e Reconfiguração de Práticas na Redacções.
Alguns excertos:
«No dia 26 de Julho de 1995 era inaugurada a edição electrónica na World Wide Web do Jornal de Notícias. Logo nos primeiros dias online, foram recebidas em catadupa mensagens electrónicas de felicitações provenientes de vários países. Sobretudo emigrantes radicados nos Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e França manifestaram-se bastante satisfeitos por poderem ler notícias do dia, actualizadas, sobre o seu país de origem e, em muitos casos, da sua própria cidade natal.»
«Em Setembro de 1995, dois jornalistas - um da secção Política e outro da Nacional (Helder Bastos e Nuno Marques) - foram destacados para trabalhar diariamente e em exclusivo no JN digital. Os elementos foram escolhidos com base na sua familiaridade com o mundo dos computadores. Um deles tinha uma ligação à Internet em casa e o outro era conhecido pela sua proficiência no campo da informática. Estava dado, desta forma, o primeiro passo para o nascimento do jornalismo digital no diário portuense centenário, não sem que se notassem algumas resistências à novidade, em particular por parte dos editores das secções de onde os dois jornalistas foram retirados»
«O perfil do jornal electrónico foi sendo moldado através da discussão e troca de ideias entre jornalistas, técnicos e pessoal ligado ao sector comercial, reunindo consenso, desde o primeiro momento, o pressuposto de que, preferencialmente, o modelo online deveria afastar-se do modelo de papel de forma a cimentar uma identidade própria, adaptada às características e linguagens do novo meio, o que ia de encontro, aliás, ao que especialistas de vários países na matéria defendiam na altura.»
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