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16.3.08

Média ganham norte

Não serei aqui o juiz mais isento, uma vez que se trata de trabalho produzido por alunos que conheço de perto, mas acho que vale mesmo a pena espreitar as peças que fizeram no JPN (ciberjornal do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto) sobre mudanças nos média a norte do país: nascimento da RNTV, reforço no Rádio Clube Português, o desafio dos gratuitos:

Media: Mudanças a Norte


11.11.06

Que se passa no Porto? (II)

A propósito de uma entrada recente aqui no Travessias Digitais sobre o "desaparecimento" do Porto das páginas dos principais jornais portugueses, o João Paulo Meneses chama, em boa hora, a atenção para o facto de, pela primeira vez na história do Porto, as três rádios "nacionais" (TSF, Antena 1 e Rádio Renascença) produzirem noticiários nacionais a partir da Invicta: a TSF no horário nobre da manhã, a RR e a A1 ao almoço.

Ora, aqui está um bom sinal de rádio que não deve passar despercebido. É pena que os jornais não sigam o exemplo. E, pelo que anda por aí no ar, os próximos tempos serão ainda piores.

27.10.06

Que se passa no Porto?

Se aplicarmos o critério da visibilidade noticiosa do Porto nos principais jornais portugueses, o Porto está morto.

O Porto, cidade e Área Metropolitana, está em morte lenta no Público. Moribundo no DN. Definhando no Expresso. Não existe no Sol. O Correio da Manhã tem mais em que pensar. O 24 Horas é para esquecer.

Só o JN, que tem sofrido na pele das suas páginas sérias queimaduras provocadas pela(o) capital, lá vai aguentando as suas páginas do Grande Porto. Um milagre.

Que se passa? É o péssimo feitio e estreiteza de vistas de Rui Rio? É a sujidade do rio Douro que afugenta as empresas, os "cérebros", os artistas, investidores, as elites, e as entrega nos braços da Quinta da Marinha? É a cidade histórica a cair de podre que deprime o pulsar da urbe? São as crateras lunares das ruas que dão cabo dos Jaguares?

Ou, então: será que no Porto não se passa mesmo nada?

7.11.05

Canais do Porto

Após o trauma NTV, o Porto parece disposto a sair do buraco negro audiovisual em que se encontra metido desde então. Dois projectos perfilam-se no horizonte: a Invicta TV, a emitir na TVTel, e o Porto Canal, na TV Cabo.

A cidade e a área metropolitana respectiva precisam, com toda a urgência, destes projectos, de modo a contrabalançar a perversa macrocefalia televisiva do país. A ausência de um canal de televisão regional é um claro sinal de subdesenvolvimento social e económico da região, que ainda recentemente perdeu um jornal centenário, O Comércio do Porto. Com o falhanço da NTV, o Porto passou a si próprio um atestado de incompetência e menoridade. Urge, portanto, recuperar.

Acresce que estes projectos podem potenciar actividades económicas paralelas ou complementares e, simultaneamente, dinamizar o mercado de emprego na área da comunicação e do jornalismo. Mas, para já, falta informação concreta quanto aos conteúdos, quer programativos, quer informativos. Isto é, falta os canais dizerem ao que vêm.


A ler:
TV Cabo adora o Porto
Invicta TV emite nos "próximos dias"

31.7.05

Asfixia mediática

Num país que mal lê jornais e em que estes são cada vez mais anódinos, superficiais, indistintos, domesticados, centralizados e empresarializados, a suspensão (belo eufemismo) de A Capital e de O Comércio do Porto é uma péssima notícia. Pior ainda para o Porto, cidade que tem vindo, paulatinamente, a transformar-se num deserto mediático e jornalístico.

É absolutamente escandaloso que o Porto não tenha estaleca sequer para segurar um canal próprio de televisão. A NTV foi o que se viu. Na rádio, anos antes, foi a vez de a Rádio Nova, que chegou a ser um farol de qualidade, ser transformada em mais uma juke box inconsequente, com meninas de voz melada a gerir play lists...

Na imprensa, o próprio Jornal de Notícias, o porta-aviões do Norte, já foi mais da Invicta do que é hoje. O Primeiro de Janeiro pouco se vê. As delegações das revistas e dos jornais de Lisboa, ou são simbólicas, ou foram alvo de desinvestimento, sobretudo editorial, nos últimos anos (Correio da Manhã e Diário de Notícias, por exemplo). O 24 Horas é para esquecer. E O Comércio do Porto acaba mal, às mãos de um grupo espanhol que se está nas tintas para 150 anos de história.

Resultado: a diversidade e a pluralidade (de notícias, de debates, de protagonistas, de ideias) vêem-se reduzidas e o mercado de emprego, bem como o de estágios, torna-se cada vez mais afunilado. O espaço público da região fica ainda mais pobre.

De um ponto de vista mediático, o Porto é hoje uma paróquia.


A ler:
O cemitério, de Vicente Jorge Silva
Sentença de Morte, de Manuel Pinto
Blogue OComerciodoPorto