20.11.08

Público.pt, versão iPhone


Registe-se a novidade: o Público.pt criou uma versão para o iPhone. Esta aposta na difusão multiplataforma de conteúdos tem o nome de I.Publico.pt e destina-se a «todos os leitores que utilizem iPhone e queiram estar informados a qualquer momento, de uma forma totalmente enquadrada na experiência de navegação proposta pelo terminal da Apple.» O I.Publico.pt está em fase de testes.




A ler:
Chegou o PUBLICO.PT para iPhone

6.11.08

O outro, hoje mais próximo?

Em É Preciso Salvar a Comunicação, Dominique Wolton regressa a algumas das suas reflexões de longa data. Mais uma vez nos lembra que a proliferação de tecnologias, a par de fluxos tremendos de informação, não nos garantem automaticamente que estejamos a comunicar melhor uns com os outros.

Diria que, talvez, este paradoxo seja hoje particularmente visível nas redes sociais, onde a apresentação individual parece sobrepor-se à comunicação propriamente dita, aquela que pressupõe o real confronto de subjectividades, o encarar o outro.

Ou, como diria Wolton, tendo em conta o contexto mais vasto da comunicação global, «o outro, hoje mais próximo, mais acessível, tornou-se no meu igual. Ao mesmo tempo, a experiência da comunicação prova que é dificilmente atingível, e que todas as liberdades e todas as técnicas não são suficientes para eu me aproximar.» É o que ele chama de realidade antropológica da incomunicação, um dos temas mais fascinantes nos debates sobre comunicação.

Wolton reafirma também, no âmbito das dinâmicas entre os média e a sociedade, as suas preocupações com o atomização - potenciada pelas novas tecnologias, com a Net à cabeça, - dos indivíduos. Por isso, defende o papel dos média tradicionais como factores de coesão social.

Na "sociedade individualista de massas", as novas tecnologias «são eficazes no que respeita à liberdade, muito menos no que respeita à coesão social. São ao mesmo tempo individualistas e comunitárias, mas pouco colectivas e sociais. Para gerir estas duas dimensões, é preciso na realidade revalorizar o papel complementar, essencial, da imprensa, da rádio e da televisão que se dirige a todos. Tarefa indispensável no momento em que as nossas sociedades fabricam novos processos de precarização e segmentação.»

Para quem não leu as obras mais conhecidas de Wolton, como Elogio do Grande Público, Pensar a Comunicação ou E Depois da Internet?, É Preciso Salvar a Comunicação é uma excelente porta de entrada nas ideias deste autor, que não é propriamente conhecido por alinhar em modas ou euforias que por aí abundam.

3.11.08

Lusa mais multimédia

As agências de informação, a começar pelas maiores, como a Reuters, há muito perceberam que têm de mudar para se adaptar às novas paisagens multimediáticas. O tempo da mera comercialização de "takes" de texto está a passar à história.

Por cá, a agência Lusa tem feito um esforço no sentido da mudança. Sinal claro disso é o facto de, a partir de hoje, começar a disponibilizar, a título experimental, os seus conteúdos em áudio e vídeo.

Trata-se do culminar de um processo que começou há cerca de três meses, com a formação (em parceria com o curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto) dada aos jornalistas da casa para os habilitar a trabalhar em ambiente multimédia.


A ler:
Lusa começa hoje em vídeo e som
Reuters impulsiona vídeo no ciberjornalismo