6.4.05

De leituras: 'Web Journalism'

James Glen Stovall, professor na Universidade de Alabama, escreveu um livro que, embora simples e despretensioso, pode revelar-se muito útil, quer a professores, quer a alunos que se interessem sobre o jornalismo na Web. Complementado, por exemplo, com a leitura de Nós, os Média, de Dan Gillmor, Web Journalism é uma boa porta de entrada neste mundo em ebulição do jornalismo no ciberespaço.

Em Web Journalism - Practice and Promise of a New Medium, publicado em 2004, Stovall escreve sobre as novas maneiras de contar estórias na Web, as diferenças entre a prática jornalística nos media tradicionais e neste novo medium, a expansão da definição do que é notícia e as especificidades da relação dos ciberjornalistas com os seus leitores. Mas o autor também se preocupa com o design e arquitectura dos sítios, a utilização de áudio, vídeo e gráficos e mesmo com o fotojornalismo na Web.

No final de cada capítulo, Stovall disponibiliza bibliografia e sugere questões para discutir na sala de aula. Prático e útil. Aqui ficam algumas ideias:

«Nenhum web site noticioso está ainda perto de utilizar todo o potencial da Web. A capacidade, imediatez, flexibilidade, permanência e interactividade da Web ainda não foram completamente exploradas por nenhuma empresa jornalística. Jornais, revistas, estações de rádio e estações de televisão, cuja história e investimentos têm sido feitos noutros produtos, têm sido tímidos na aproximação à Web.»

«Os jornalistas da Web estão a aprender a pensar ‘lateralmente’ sobre as suas estórias. Em vez de apenas recolher informação suficiente para escrever uma só estória em pirâmide invertida, um jornalista da web tem de considerar vários tipos de informação que podem ser incluídos como partes de um pacote da estória.»

«À medida que o jornalismo da web se desenvolver, os jornalistas serão chamados a ser mais proficientes nas suas técnicas de reportagem e de escrita e mais versáteis no modo como pensam. A cobertura de acontecimentos de última hora será imediata e contínua, porque a audiência esperará saber o que o jornalista sabe quando o repórter sabe. A cobertura de acontecimentos que não sejam de última hora será mais profunda e completa, porque as audiências esperarão uma rica e variada experiência quando visitam um site noticioso.

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