2.3.06

Mais jornalismo e cinema

Este é dos tais filmes que dá para recomendar, sobretudo a jornalistas, estudantes de comunicação e docentes nesta área, de olhos fechados, isto é, sem ainda se ter visto: Boa Noite, e Boa Sorte, sob a batuta de George Clooney, teve uma estreia auspiciosa em Veneza. Estreia hoje nas salas portuguesas.

Eis a sinopse, retirada do Cinecartaz do Público.pt: «A acção de "Boa Noite, e Boa Sorte" decorre nos primórdios do jornalismo televisivo, na América dos anos 50. O filme retrata o conflito verídico entre Edward R. Murrow, um "pivot" pioneiro na América dos anos 50, e o Senador Joseph McCarthy e a Comissão do Senado das Actividades Anti-Americanas. Graças à sua vontade de esclarecer o público, o inovador Murrow e a sua dedicada equipa da CBS desafiam pressões da empresa e dos patrocinadores ao analisar as mentiras e as tácticas rasteiras de McCarthy durante a sua "caça às bruxas" aos comunistas.»

Já agora, para quem se interessa pela temática dos media e do jornalismo, recomendo ainda dois filmes que chegaram recentemente ao mercado de DVD de aluguer: Crónicas, uma produção México/Equador, realizada por Sebastián Cordero, e o horripilantemente titulado Um Amor em África, cujo título no original é bem mais decente, In My Country, realizado por John Boorman.

O que poderá ver no interessante Crónicas: «O programa de televisão “Uma hora com a Verdade” é transmitido todas as noites de Miami para toda a América Latina, com as histórias sensacionalistas mais fortes que se podem encontrar. Para um desses programas, o apresentador Manolo Bonilla (John Leguizamo) voa para o Equador, na companhia da produtora Marisa (Leonor Watling) e o operador de imagem Ivan (José Maria Yazpik), seguindo a pista de um violador e assassino de crianças, conhecido como “O Monstro de Babahoyo”. A morte acidental de uma criança leva os habitantes de uma pequena povoação a quase linchar Vinicio Cepeda (Damián Alcázar), um humilde vendedor de Bíblias. A intervenção de Manolo salva a vida do homem. É uma grande história para o programa. Vinicio é mesmo encarcerado, por homicídio involuntário, e oferece a Manolo informações sobre o “Monstro”, a troco de uma reportagem sobre a sua injusta situação. Manolo aceita, atraído pelo lado obscuro que pressente em Vinicio, e começa a quebrar todas as regras, decidido a ser ele o herói que detém o assassino com as suas próprias mãos.» (PT Gate)

E em Um Amor em África, um filme mediano, onde Juliette Binoche enche, uma vez mais, todo o ecrã: «Langston Whitfield (Samuel L. Jackson) é um jornalista do Washington Post, enviado à Africa do Sul para cobrir as sessões da Comissão da Verdade e Reconciliação. Ele está apreensivo em relação à viagem, tal como está céptico relativamente ao processo de reconciliação, sentindo que é apenas uma forma de os perpetradores escaparem ao castigo. Anna Malan (Juliette Binoche) é uma poetisa africana que cobre as sessões para a rádio estatal sul africana e NPR nos Estados Unidos. Anna é uma entusiasta do processo, tem um grande respeito pelas tradições africanas nativas e tem grandes esperanças relativamente ao seu país. Como membros da imprenssa internacional, Anna e Langston encontram-se e estão instantaneamente em desacordo relativamente às suas perspectivas opostas das sessões. Mas, com o tempo, a experiência compartilhada de ouvir os testemunhos comoventes e dolorosos aproxima-os cada vez mais.» (PTGate)

2 comentários:

  1. E o "Insider"/Informador, não? Com Russel Crowe e Al Pacino, as tabaqueiras nos EUA... Does it ring a bell? :)

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  2. Claro que o "O Informador" "ring a bell:-) Mas "O Informador" é já um "clássico" na filmografia ligada ao jornalismo. Este post refere-se apenas a uma estreia nas salas e a duas chegadas recentes ao mercado de aluguer.

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