«Por outro lado, as raras vezes que, em tal jornalismo, algo acontece, acontece "alegadamente": a mulher foi alegadamente atropelada, o sinal verde estava alegadamente aceso, o automobilista teria alegadamente 2 gramas de sangue no álcool. E tudo segundo fontes "próximas" de qualquer coisa, pois os jornalistas, hoje, não afirmam nem confirmam, repetem. Por estas e por outras, cada vez admiro mais o "Borda d'Água".»
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Alegadamente, cada vez mais o trabalho do jornalista é o de meio de transmissão. O jornalismo amorfo, perdão, alegadamente amorfo, sem lugar para a pesquisa, sem lugar para a divulgação cultural..
ResponderEliminarAs fontes "próximas" ou "seguras", não o são, a especulação e interesses político-económicos têm cada vez mais rosto..
Fonte próxima do autor refere que este texto foi escrito por ele
Nuno Regadas
Um prestigiado cronista deve abster-se do papel de franco-atirador a soldo. Até porque às vezes a nódoa cai no melhor pano.
ResponderEliminarAqui no Brasil o "alegadamente" é substituído por "teria dito que"; "segundo fulano" etc. No centro da questão, a influência cada vez mais problemática do direito sobre o jornalismo; influência esta que se faz mais evidente na editoria de polícia, mas não apenas. Com isso, muitas vezes os sujeitos simplesmente têm de ser alijados das matérias, caso contrário é ação na certa. "Malhas que o império tece", diria Fernando Pessoa.
ResponderEliminar