A trovoada provocada pela publicação do livro de Maria Carrilho tem vários méritos. Um deles é o de permitir uma confirmação: o jornalismo tem, há muito tempo, montes de esqueletos escondidos no armário.
Alguns não são novidade alguma para quem conhece o meio por dentro (ligações pouco claras entre jornalistas, agências de comunicação, autarquias, partidos e clubes de futebol, "notícias" compradas, "prendas" dadas e recebidas, impunidade total no corrupio jornalismo-assessorias, comissários políticos colocados nas redacções, auto-censura, fretes invertebrados aos diversos tipos de poder (do governamental ao autárquico, passando pelo financeiro), incluindo por parte de administrações dos media, jornalistas transformados em mão-de-obra precária, pé-de-microfone, empacotadores de 'takes' da Lusa, fretistas voluntários ou à força, etc, etc..)
Os problemas mais graves, pouco debatidos abertamente pela classe e ainda menos escrutinados por quem quer que seja, estão, há muito, identificados. O maior problema, no entanto, continua a ser apenas este: o jornalismo ainda não descobriu um antídoto eficaz para eles.
E também não parece que isso vá acontecer tão cedo. Por uma razão simples: a profissão não está dotada, interna e externamente, de mecanismos eficazes de vigilância e punição das violações mais grosseiras dos princípios éticos e deontológicos. Foi de impunidade em impunidade que os esqueletos se amontoaram. De vez em quanto, lá aparece um Carrilho para abrir a porta do armário.
A ler:
Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
E também não parece que isso vá acontecer tão cedo. Por uma razão simples: a profissão não está dotada, interna e externamente, de mecanismos eficazes de vigilância e punição das violações mais grosseiras dos princípios éticos e deontológicos. Foi de impunidade em impunidade que os esqueletos se amontoaram. De vez em quanto, lá aparece um Carrilho para abrir a porta do armário.
A ler:
Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
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