21.12.07

Ciberjornalismo em Portugal 2007

2007 não foi um ano de boa colheita para o ciberjornalismo em Portugal. No essencial, confirmou a relativa estagnação, em termos de investimento e inovação, vivida após o "boom" registado na viragem do século. Ainda assim, algumas marcas merecem registo.

O Público.pt foi, de novo, o que mais se destacou pela positiva. Fez uma remodelação gráfica significativa e apostou no vídeo, criando, para o efeito, uma pequena equipa. Nas restantes edições online dos principais diários nacionais, o panorama manteve-se, a todos os títulos, deprimente.

O Expresso online fez algumas mudanças. O grafismo melhorou. A aposta no vídeo (Expresso TV) foi feita, ainda que de forma limitada. A interacção com os leitores foi fomentada. Notou-se preocupação em reforçar a componente multimédia.

Da SIC, também do grupo Impresa, vieram sinais claros de aposta na convergência, numa lógica de integração de redacções, televisiva e online. A nível internacional, a convergência deu muito que falar, dividindo analistas quanto aos prós e contras da tendência. Mas, tal como o vídeo, parece ter vindo para ficar. A rádio começou a perceber isto. Logo no início do ano, o site da Rádio Renascença começara a incorporar vídeo.

No Diário Digital, houve uma discreta mudança de director: Pedro Curvelo substituiu Filipe Rodrigues da Silva. O jornal anunciou, para Janeiro, novas secções e o reforço dos conteúdos informativos da área desportiva e económica e da área dedicada aos utilizadores. O concorrente mais directo, o PortugalDiário, está, há muito tempo, na mesma.

Esperemos, pois, que 2008 sirva para dar a volta ao generalizado estado de penúria ciberjornalística nacional. Mesmo assim, já vamos chegar tarde ao futuro.

3 comentários:

  1. Obrigado pelo comentário. Apenas uma precisão: em 2007, o Público.pt fez duas remodelações gráficas, uma em Fevereiro (que coincidiu com a nova edição impressa) e outra em Novembro.

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  2. Agradeço a precisão, António. E faço votos para que o Público.pt continue a inovar o mais possível em 2008.

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  3. Julgo incorrecta a avaliação feita aos dois jornais que são, na verdade, os únicos apenas existentes na Internet.

    No texto, o PortugalDiário sai depreciado. Apesar de ser verdade que "continua na mesma" no que diz respeito ao grafismo e à aposta na multimédia/video, o jornal tem...jornalistas e esforça-se por cobrir matérias que outros media ignoram. Algumas vezes, chega a avançar notícias importantes em primeira mão, principalmente na área da justiça.

    Já o Diário Digital não é mais do que um processo repetitivo de copy paste dos takes da Lusa.

    Será isso um jornal? Há quem diga que tem director, mas não tem jornalistas, apenas máquinas vulgo computadores.

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