A imprensa portuguesa está a passar um mau bocado? Está. Em parte, por culpa própria. Num texto publicado hoje, no Expresso, J.-M. Nobre Correia aponta alguns erros persistentes. A saber:
- Os diários vivem voltados para a Grande Lisboa e o Grande Porto, negligenciando o resto do país.
- As edições regionais, «no sentido forte da palavra, não existem, quando proliferam no resto da Europa».
- O «colunismo» é omnipresente. Proliferam os colunistas que «escrevem sobre tudo e sobre nada, a maior parte das vezes sem a mínima competência específica, por vezes até sem a mínima virtuosidade de escrita», ainda por cima «pagos a peso de oiro». Não posso estar mais de acordo com esta crítica.
- Política de títulos «mais ou menos estrondosa».
- Linha editorial incoerente, em particular nos jornais de «referência».
- Deficiente gestão da distribuição dos exemplares.
Estes e outros problemas, focados no texto Superar a fragilidade, levam Nobre-Correia a considerar que é «toda a concepção editorial e económica dos diários portugueses que tem de ser reequacionada».
Certo. Resta saber se existe nos jornais a força de vontade e massa cinzenta suficientes para a reequação.
Certo. Resta saber se existe nos jornais a força de vontade e massa cinzenta suficientes para a reequação.
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