2007 não foi um ano de boa colheita para o ciberjornalismo em Portugal. No essencial, confirmou a relativa estagnação, em termos de investimento e inovação, vivida após o "boom" registado na viragem do século. Ainda assim, algumas marcas merecem registo.
O
Público.pt foi, de novo, o que mais se destacou pela positiva. Fez uma
remodelação gráfica significativa e apostou no vídeo, criando, para o efeito, uma pequena equipa. Nas restantes edições
online dos principais diários nacionais, o panorama manteve-se, a todos os títulos, deprimente.
O
Expresso online fez algumas
mudanças. O grafismo melhorou. A aposta no vídeo (Expresso TV) foi feita, ainda que de forma limitada. A interacção com os leitores foi fomentada. Notou-se preocupação em reforçar a componente multimédia.
Da
SIC, também do grupo Impresa, vieram sinais claros de aposta na
convergência, numa lógica de integração de redacções, televisiva e
online. A nível internacional, a convergência deu muito que falar, dividindo analistas quanto aos prós e contras da tendência. Mas, tal como o vídeo, parece ter vindo para ficar. A rádio começou a perceber isto. Logo no início do ano, o
site da Rádio Renascença começara a
incorporar vídeo.
No Diário Digital, houve uma discreta mudança de director: Pedro Curvelo substituiu Filipe Rodrigues da Silva. O jornal anunciou, para Janeiro, novas secções e o reforço dos conteúdos informativos da área desportiva e económica e da área dedicada aos utilizadores. O concorrente mais directo, o PortugalDiário, está, há muito tempo, na mesma.
Esperemos, pois, que 2008 sirva para dar a volta ao generalizado estado de penúria ciberjornalística nacional. Mesmo assim, já vamos chegar tarde ao futuro.